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53° Capitulo - Mas o que diabos é isso?



POV Lua

Era para ser só um selinho. Normal, afinal foi um descuido. Mas, assim, que nos separamos, ele logo tratou de grudar nossos lábios novamente, agora num beijo de verdade.

Só que tudo o que é bom, dura pouco. Segundos depois de o beijo ter começado, eu ouvi a porta abrindo e uma voz.

- Mas o que diabos é isso? – nos separamos e olhamos em direção a porta e encontramos o Guilherme com a maior cara de indignação.

- Um beijo – eu falei normalmente

- É, nunca viu um? – o Arthur disse da mesma maneira que eu. O Guilherme passou um tempo olhando de mim para o Arthur, do Arthur para mim. Até que parou o olhar nele e disse:

- Depois não diga que eu não avisei – e então ele voltou para dentro, deixando um clima tenso entre o Arthur e eu.

- É... – ele colocou as mãos nos bolsos.

- Eu vou indo, afinal, eu já tava de saída mesmo – eu disse rápido e entrei no karaokê antes mesmo de ele entender o que eu tinha dito. – Ai! – com a minha pressa eu acabei esbarrando com alguém – Desculpa – eu disse sem olhar para o rosto da pessoa, já preparada para sair dali.

- Sem problemas – a pessoa me segurou pelos braços e eu olhei pra cima, me deparando com o Lucas – Com pressa?

- Um pouco – eu disse um pouco desconfortável pela minha posição.

- Vem, eu te levo pra casa – ele deu um sorriso, me soltou e, rapidamente, passou um dos braços pelo meu ombro, me guiando para fora do lugar.

- Você sabe que não precisa, né? – eu disse rindo da atitude dele.

- Mas eu quero – ele disse quando já estávamos do lado de fora. Minha casa não era longe, mas já que estávamos a pé, demorou cerca de meia hora. Eu fiquei com medo de entrarmos em um silêncio constrangedor, mas o Lucas sempre tinha um assunto. Em meia hora, falamos sobre todos os assuntos existentes e inexistentes do mundo.

- Ta entregue – ele disse sorrindo assim que chegamos à minha casa.

- Hm... Obrigada, Lucas – eu.

- Foi o maior prazer, Luinha. Acho que devemos conversar mais vezes. – ele disse ainda sorrindo e eu fiquei meio a contragosto de responder. Se eu concordasse, eu estaria pondo em risco meus últimos dois anos. Agora, se eu discordasse, eu estaria sendo muito mal-educada e ele tinha feito o favor de me trazer em casa. Então, eu pensei: eu já estou pondo em risco, conversando com as meninas, por que eu não posso conversar com mais um?

- Também acho. – fui até ele e o abracei – Obrigada de novo. – o soltei e ele me deu um beijo na bochecha. Então, eu entrei.

Continua...




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