POV
Lua
Era
para ser só um selinho. Normal, afinal foi um descuido. Mas, assim, que nos
separamos, ele logo tratou de grudar nossos lábios novamente, agora num beijo
de verdade.
Só
que tudo o que é bom, dura pouco. Segundos depois de o beijo ter começado, eu
ouvi a porta abrindo e uma voz.
-
Mas o que diabos é isso? – nos separamos e olhamos em direção a porta e
encontramos o Guilherme com a maior cara de indignação.
-
Um beijo – eu falei normalmente
-
É, nunca viu um? – o Arthur disse da mesma maneira que eu. O Guilherme passou
um tempo olhando de mim para o Arthur, do Arthur para mim. Até que parou o
olhar nele e disse:
-
Depois não diga que eu não avisei – e então ele voltou para dentro, deixando um
clima tenso entre o Arthur e eu.
-
É... – ele colocou as mãos nos bolsos.
-
Eu vou indo, afinal, eu já tava de saída mesmo – eu disse rápido e entrei no
karaokê antes mesmo de ele entender o que eu tinha dito. – Ai! – com a minha
pressa eu acabei esbarrando com alguém – Desculpa – eu disse sem olhar para o
rosto da pessoa, já preparada para sair dali.
-
Sem problemas – a pessoa me segurou pelos braços e eu olhei pra cima, me
deparando com o Lucas – Com pressa?
-
Um pouco – eu disse um pouco desconfortável pela minha posição.
-
Vem, eu te levo pra casa – ele deu um sorriso, me soltou e, rapidamente, passou
um dos braços pelo meu ombro, me guiando para fora do lugar.
-
Você sabe que não precisa, né? – eu disse rindo da atitude dele.
-
Mas eu quero – ele disse quando já estávamos do lado de fora. Minha casa não
era longe, mas já que estávamos a pé, demorou cerca de meia hora. Eu fiquei com
medo de entrarmos em um silêncio constrangedor, mas o Lucas sempre tinha um
assunto. Em meia hora, falamos sobre todos os assuntos existentes e
inexistentes do mundo.
-
Ta entregue – ele disse sorrindo assim que chegamos à minha casa.
-
Hm... Obrigada, Lucas – eu.
-
Foi o maior prazer, Luinha. Acho que devemos conversar mais vezes. – ele disse
ainda sorrindo e eu fiquei meio a contragosto de responder. Se eu concordasse,
eu estaria pondo em risco meus últimos dois anos. Agora, se eu discordasse, eu
estaria sendo muito mal-educada e ele tinha feito o favor de me trazer em casa.
Então, eu pensei: eu já estou pondo em risco, conversando com as meninas, por
que eu não posso conversar com mais um?
-
Também acho. – fui até ele e o abracei – Obrigada de novo. – o soltei e ele me
deu um beijo na bochecha. Então, eu entrei.
Continua...
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