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"Summertime"


                                   Capitulo 4 - Parte 3



- E aí galera, estão curtindo a festa? – O Dj perguntou e vários gritos animados responderam. – Ótimo, então é hora de dar aquela pausa na música, pra aquela gata ali em frente a fogueira dizer algumas coisas! Vai lá Luinha!

Luinha riu junto com Amanda da introdução que o garoto havia feito. Depois de tantas festas, era de se esperar que ele já fosse amigo delas.Micael, Chay e Arthur estavam sentados nas pedras com uma visão privilegiada do tal discurso. Rodrigo havia sumido com Cindy e seus amigos apostavam que os dois já estavam longe dali.

- Hey galera! – Luinha deu um grito com um copo na mão – Bem, eu acho que todo mundo aqui quer dançar, e não sei nem porque eu tenho que ficar aqui pagando mico – Ela disse e Micael riu – mas vamos lá, né? Bom, esse ano foi difícil pra muitos de nós! Não vamos negar que aquele colégio é complicado, e sei que muitos espertinhos aqui nem devem ter passado de ano...

- Eu passei! – Ian gritou e alguns garotos riram.

- Que bom, Ian. Isso é realmente um milagre! – Luinha riu alto junto com várias pessoas. O garoto ficou sem resposta. – Mas férias de verão é tudo o que nós esperamos durante o ano todo. E só fazemos aquelas provas difíceis pensando na praia, na pegação e na diversão que teremos um tempo depois! E isso chegou! – Lua disse em meio a aplausos, em especial das amigas. Arthur olhava para os lados, rindo. – E agora eu vou acender essa fogueira, em comemoração a esse tão esperado momento! FÉRIAS!

Ela gritou e todos aplaudiram. Pegou uma tocha acesa da mão de Sop e acendeu, sob o som de gritos altíssimos, a enorme fogueira montada no centro da festa, com um mar de aplausos.

- É isso aí! Declaro iniciadas as nossas amadas... FÉRIAS DE VERÃO!

Luinha desceu do palco improvisado rindo do que tinha dito. Simplesmente achava aqueles discursos horríveis, e tinha ataques de riso todas as vezes que lembrava das coisas que normalmente dizia. Pegou Melzinha pela mão e puxou-a em direção ao grupo de amigos do irmão.

- Wow, você realmente sabe animar esses animais! – Micael bateu palmas e levou um tapa da irmã, que riu.

- Eu disse que era péssimo!

- Você foi ótima, Luinha. – Arthur disse sorrindo e todos pararam para olhar para ele, incluindo Lua. Droga, havia pensado alto de novo.

- ... Ótima eu digo... no nível que esses animais merecem. – Aguiar “consertou” rapidamente e Luinha fez uma careta estranha.

- Tava demorando. – Melzinha reclamou. – Micael, vamos pegar alguma coisa pra beber?

- Okay! – Micael concordou rapidamente, levantando.

- Eu também vou. – Chay disse rapidamente.

- Eu não te chamei! – Mel retrucou.

- Desculpe, o bar não é seu, até onde eu sei!

- Mas eu organizei e...

- Cacete, andem logo vocês dois! Parecem duas certas pessoas que eu conheço! – Micael disse olhando pra Luinha, que riu e mostrou o dedo, quando ele se distanciava.

- Então quer dizer que meus discursos são bons para animais? – Ela disse rapidamente, virando-se para Arthur.

- Desculpe, é que o Chay...

- ... Tá, esquece. Acho que vai ser sempre assim, mesmo. – Luinha murchou e deu de ombros. No fundo havia imaginado que as coisas estavam dando certo. Virou-se para sair quando Arthur segurou seu braço.

- Ei, Luinha. – Ele disse com o olhar baixo, ainda a segurando – Me... desculpe.

Aguiar disse incrivelmente corado e Lua se virou para ele. Aquela cena realmente era inédita.

- Você pediu... desculpas? – A garota olhava de rabo de olho, ainda sem acreditar.

- Você não vai aceitar? – Arthur olhou nos olhos dela, que abaixou rapidamente o olhar, com um sorriso quase se formando no rosto.

- Tá. Desculpas aceitas. – Ela sorriu olhando pra baixo.

- Aquele convite pra uma bebida ainda está de pé? – Aguiar perguntou com um sorriso animado no rosto, e Luinha riu baixo.

- Claro! Vem comigo!

Luinha puxou Arthur pela mão e foi correndo na direção oposta do bar. O garoto não estava entendendo muita coisa, mas estava rindo da situação. Ela pegou uma chave no bolso rapidamente e abriu uma Van branca que estava parada no estacionamento. Dentro dela havia um freezer grande.Aguiar arregalou os olhos fazendo com que a garota risse mais alto.

- Cerveja, Ice, Vodka, Vinho... Whisky? – Luinha perguntava olhando com a luz do celular para dentro do freezer.

- Cerveja!

- Então duas cervejas para nós! – Luinha pegou as duas garrafinhas verdes e fechou a Van. – O fornecedor mandou eu pegar mais aqui quando precisasse. É que tem que ser por baixo dos panos, sabe? Se a polícia descobre esse bando de menores de idade bebendo... – Luinha riu marota.

- Lua é da máfia, baby! – Arthur disse mais alto e os dois riram. – Vamos sentar ali? – Ele apontou para algumas pedras que davam visão para toda a área da festa. Luinha sorriu e o acompanhou, em silêncio.

- Quem diria... – Ela sorriu, olhando para a fogueira, que estava linda vista de cima – Eu nunca imaginaria que um dia ia tomar uma cerveja com você vendo a festa que eu organizei.

- Nem eu! – Arthur sorriu, olhando para a garota – Um brinde a isso!

Os dois bateram as garrafas e riram, bebendo. Ficaram lá por quase uma hora, conversando como velhos amigos e rindo sobre as coisas que aconteciam na festa. Ninguém parecia perceber a presença dos dois, ali em cima.

- Wow, acho que tenho que descer! – Luinha disse, olhando no visor do celular. – As meninas devem estar loucas atrás de mim!

- Ah! – Arthur resmungou e a garota olhou para ele – Fica aqui. É tão mais legal!

- Eu sei... – Luinha disse meio mole – Muito mais legal, mas...

- Não, nada de “mas”! – Arthur disse e os dois riram. – Cinco minutos! Eu ainda acho que aquele cara vai despencar da ponta do palco!

- Tadinho! – Luinha disse alto e os dois riram – Tudo bem, cinc
o minutos!

Os cinco minutos se tornaram mais vinte quando Arthur finalmente se deu por vencido e acompanhou Lua de volta para a festa. Nesse meio tempo, tinham apostado sobre a queda do garoto do palco, e Luinha devia cinco libras para Aguiar por causa disso.

- Nossa, essas pedrinhas escorregam! – Luinha reclamava enquanto Arthur ria.
- Vem, dá sua mão! – Ele disse sorridente e ela estendeu, sem pensar duas vezes, a mão para segurar na dele. – Cuidado, não pisa ali...

- Tá, eu não vou pi...

Luinha ia dizendo quando escorregou, puxando Arthur para baixo. Os dois caíram de bunda no chão e tiveram um ataque de riso.

- Eu disse pra você não pisar! – Arthur segurava a barriga de tanto rir.
Luinha não conseguia responder porque estava rindo muito ainda. Brian estava passando com uma garrafa de Whisky na mão quando viu Arthur eLua rindo feito loucos nas pedras. Uma súbita raiva tomou conta do garoto, que já estava completamente bêbado. Portman saiu em passos largos e decididos até a cabine do Dj, arrastando Ian e mais dois amigos. Esses amigos fizeram com que o Dj parasse a música rapidamente. Lua ouviu os gritos e reclamações repentinas e saiu correndo em direção a festa. Arthur foi logo atrás.

- O que diabos está acontecendo? – Luinha quase berrou com Amanda, que deu de ombros.

- Não sei amor, eu acho que deu algum problema na cabine...

- Eu vou ver! – Luinha virou-se decidida quando ouviu uma voz conhecida vinda do palco.

- Olá, meus queridos amigos! – Brian cambaleava e vários olhares assustados o fitavam – Que tal um pouco mais de diversão essa noite?

- Yeah! – Os capangas de Brian gritaram e Luinha saiu com as mãos fechadas em direção ao palco.

- Brian, desce daí AGORA! – Ela berrou, mas ele apenas riu.

- Nossa gente, calma... Eu tenho uma surpresinha pra vocês.

Micael, Chay e Rodrigo se aproximaram de onde Arthur e Amanda estavam. Não demorou muito para que Mel também chegasse ali. Sophia foi direto ajudar Lua.

- O que esse idiota tá fazendo? – Micael perguntou e Arthur franziu a testa.

- Não deve ser coisa boa.

- Portman, eu vou chamar os seguranças! – Sophia gritava ameaçadora, mas o garoto não moveu um centímetro.

- Vamos lá, antes que as pessoas se estressem comigo. Me dá aquilo lá, Ian. 

– Brian ordenou e rindo alto, o amigo entregou alguns envelopes em suas mãos. Os envelopes da aula de literatura.

- Puta merda. – Mel logo reconheceu os papéis, e saiu correndo até as amigas.

- Eu vou falar com a segurança! – Amandinha disse prontamente.

- Eu vou com você! – Rodrigo a seguiu.

- “Kelly Newman sobre Paul Prescott” – Brian começou a ler, presunçoso, e todos agora prestavam absoluta atenção, rindo sobre as coisas lidas.

- Brian, onde você arrumou isso? – Melzinha gritou e Ian prontamente respondeu.

- Ah, um bom mágico nunca revela seus truques, Frockoviack!

- Brian, deixa de ser ridículo, os seguranças estão vindo, desce daí! – Luinha estava absolutamente nervosa.

- Mas estão gostando, não estão? – Brian perguntou e várias pessoas gritaram – Viu só? Eu também sei chamar atenção! E eu nem cheguei na melhor parte, gatinha! – Brian riu sozinho e Lua teve um surto. – Vamos pra outro envelope... “Katie Stern sobre Jennah Roberts”

Brian começou a ler o papel e Luinha olhou para o lado. Jennah estava chorando pelas coisas que a outra garota havia escrito sobre ela. Aquilo não daria certo, não mesmo.

- Chega! Eu vou até a cabine ligar esse som eu mesma, aí esse idiota vai calar a boca! – Luinha berrou para as amigas e abriu passagem, passando por Arthur e empurrando algumas pessoas pelo caminho.

- “Lua Blanco sobre Arthur Aguiar” – Brian anunciou alto. Lua parou, de costas, com as mãos fechadas em punhos. Aquilo 
não podia estar acontecendo. – Esse envelope é meu preferido! – Brian continuou sob olhares atentos.


Continua...

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