12 • Capitulo - Ultima Carta

...

- Podemos conversar agora? - Cat
- Fala. - Lua
- Desculpa, eu sei que foi errado e tal, mas é meu irmão Lu, quando descobri eu queria te contar mas ele pediu para eu manter segredo.
- Cat eu confiei em você.
- Sua confiança não foi em vão.
- Será?
- Me perdoa Lua!!!
- Não sou Deus.
- E em relação a você e meu irmão?
- Não tem nada, ele mentiu e eu detesto mentira.
- Mas ele não mentiu, uma ultima carta?
- Minha ultima foi aquela e me arrependo de ter escrito, devo estar sendo feita de besta.
- Ela nunca mostrou suas cartas para ninguém, nem para eu.
- Quem mente uma vez, mente outra. - A Lua ia levantando a Cat segurou o braço dela.
- Lua me perdoa vai? Você é minha única amiga.
- Deixa eu processar as coisas.
- O Arthur te mandou essa carta.
- Não quero.
- Leva, por favor, é só meu trabalho.
- Trabalho? Hahaahahaha conta outra.
- Exagerei. - Ela esticou a carta e a Lua pegou.
- Tchau.

...

Ligação On

- Vítor porque eu tenho que ir lá?
- Lua esqueceu que você tem um cartão de presença?
- Não esqueci.
- Faz dias que você não vai treinar e fora que o patrocinador quer que você use o novo material.
- Gostaria de mudar a pista que eu treino.
- Infelizmente não dá e caso você não vá vai ter problemas.
- Tá bom.

Ligação Off

...

"Acho que ela não vai ler, espero que tenha um plano B. Bjs Cat"

O Arthur estava tenso, pois desde quando a Lua descobriu o lance da carta ela não apareceu mais na pista, será que ela irá ler sua carta? O movimento na loja estava fraco, ele ficou lá observando o rascunho da ultima carta que escreveu e o violão que a Lua ensinava ele a tocar, quando ouviu barulho de rodinhas e quando olhou era a Lua.
Ela entrou na loja em silencio e ficou olhando o que ela queria.

- Boa Tarde. - O Arthur falou e ela nem se quer respondeu. - Bom sei que não quer nem olhar na minha cara, peço que pelo menos perdoe minha irmã pois ela fez com boa intenção. Sei que você não deve ter lido a carta que ela te deu mais cedo, de boa eu supero isso. Já que vou não leu lá vai. - Ele pegou o violão e começou as primeiras notas. - "Tá difícil disfarçar, quando te vejo já entrego no olhar, meu jeito bobo de agir, faço de tudo pra te ver sorrir, sei que me ve, apenas como um menino, pirralho e imaturo, adora implicar comigo, deixa eu te provar que eu posso ser bem mais, deixa eu te mostrar que esconder não dá mais, tão linda como as estrelas do céu, seu brilho irradia com o sol, eu já não sei se devo mais tentar, mas resolvi que vou deixar o tempo me mostrar como vai ser, eu decidi não quero mais mentir, fingir e dizer que nada aconteceu... Esconder não adianta, se toda vez que eu fecho os olhos tenho você na lembrança, então porque ficar nesse jogo fingindo que nada quero, sendo que na verdade o que eu mais quero é descobrir o que isso que está me tomando..."

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