Arthur olhou para trás e viu que Lua estava paralisada, de costas para o palco. Deu dois passos a frente e juntou-se com Mel e Sop.
- Façam esse cara parar! – Aguiar disse um tanto alterado, quando Brian começara a ler, imitando uma voz feminina. E de repente toda a festa estava prestando atenção.
- Façam esse cara parar! – Aguiar disse um tanto alterado, quando Brian começara a ler, imitando uma voz feminina. E de repente toda a festa estava prestando atenção.
“Arthur Aguiar é um garoto completamente diferente de mim. Diferente do que eu esperava sobre ele... Arthur é o único capaz de entender o que eu realmente penso ou sinto, e acho que é por isso que nós brigamos tanto. Eu simplesmente odeio estar desarmada em frente às pessoas. Eu gosto de ser a Lua Blanco que todos vêem por aí. Mas essa não é a Lua que ele vê. Quando ele olha pra mim eu tenho absoluta certeza de que ele vê através, e isso me deixa desconcertada...” – Brian parou para rir – “Agora vou confessar... Eu adoro a risada dele e aquele sorriso tímido, acho que o mundo fica mais leve com isso. O jeito que ele...”
As lágrimas escorriam pelo rosto de Luinha, que estava parada, agora olhando para Brian, que ria a cada palavra da maldita carta da aula de literatura. Arthur olhou para trás e seu olhar se encontrou com o de Lua. Foi quando ele percebeu que ela estava chorando. Em meio segundo, deu mais alguns passos e puxou Brian para baixo do palco, dando um soco certeiro em seu rosto. O garoto caiu na areia.
- Filho da puta! – Brian gritou e acertou outro soco em Aguiar, que cambaleou. - Você vai ser só mais uma vítima na mão dela!
Aguiar nada respondeu, mas tinha raiva no olhar. Virou outro soco na barriga de Portman. Lua já estava ao lado das amigas gritando por socorro quando Ian também partiu pra cima de Aguiar, derrubando-o no chão. Então Rodrigo, Micael, Chay e outros garotos conseguiram apartar a briga com algum esforço.
- Eu disse que ia ter volta, vadia! – Brian gritava tentando se soltar dos braços de um desconhecido. – Me solta, porra! Eu ainda quero acertar uma no olho desse...
- Solta, deixa ele vir! – Arthur provocava, chamando-o com o dedo, enquanto também tentava se soltar de Rodrigo.
- Arthur, fica na sua! – Marques segurava o amigo com mais força.
- Já chega vocês dois! – Luinha gritou com os olhos vermelhos. – Você é podre, Brian. Muito pior do que eu esperava!
O som alto de uma música do Strokes tomou conta da festa e as pessoas abriram espaço para que Lua saísse correndo dali.
- Filho da puta! – Brian gritou e acertou outro soco em Aguiar, que cambaleou. - Você vai ser só mais uma vítima na mão dela!
Aguiar nada respondeu, mas tinha raiva no olhar. Virou outro soco na barriga de Portman. Lua já estava ao lado das amigas gritando por socorro quando Ian também partiu pra cima de Aguiar, derrubando-o no chão. Então Rodrigo, Micael, Chay e outros garotos conseguiram apartar a briga com algum esforço.
- Eu disse que ia ter volta, vadia! – Brian gritava tentando se soltar dos braços de um desconhecido. – Me solta, porra! Eu ainda quero acertar uma no olho desse...
- Solta, deixa ele vir! – Arthur provocava, chamando-o com o dedo, enquanto também tentava se soltar de Rodrigo.
- Arthur, fica na sua! – Marques segurava o amigo com mais força.
- Já chega vocês dois! – Luinha gritou com os olhos vermelhos. – Você é podre, Brian. Muito pior do que eu esperava!
O som alto de uma música do Strokes tomou conta da festa e as pessoas abriram espaço para que Lua saísse correndo dali.
- Ela não está em lugar nenhum! – Sop chegou correndo ao lado de Chay. Micael colocou a mão na cabeça, preocupado.
- A Melzinha também não achou nada. O Rodrigo e a Amanda estão procurando ainda. – Ele colocou as mãos nos bolsos – Caralho! Eu vou quebrar esse Portman!
- Você não vai nada, Blanco. – Sophia logo advertiu – Tudo o que nós não precisamos agora é que você se machuque. E o Arthur?
- Ainda está procurando. – Micael disse desanimado.
- Vai ficar tudo bem, dude. – Suede consolou o amigo, que forçou um sorriso.
- É verdade, Micael. Eu conheço a Luinha... Ela só deve estar por aí pensando na vida. Não vai fazer nada de errado! – Sop sorriu e Micael ficou mais aliviado.
- A Melzinha também não achou nada. O Rodrigo e a Amanda estão procurando ainda. – Ele colocou as mãos nos bolsos – Caralho! Eu vou quebrar esse Portman!
- Você não vai nada, Blanco. – Sophia logo advertiu – Tudo o que nós não precisamos agora é que você se machuque. E o Arthur?
- Ainda está procurando. – Micael disse desanimado.
- Vai ficar tudo bem, dude. – Suede consolou o amigo, que forçou um sorriso.
- É verdade, Micael. Eu conheço a Luinha... Ela só deve estar por aí pensando na vida. Não vai fazer nada de errado! – Sop sorriu e Micael ficou mais aliviado.
Arthur estava andando ao longe na praia, já pensando em voltar, quando avistou Lua sentada próxima ao mar. Antes que ela o visse, pegou o celular rapidamente e discou para Micael.
- Achei, cara. Vou lá falar com ela. Mas relaxa que ela está bem. – Ele disse simplesmente, e desligou o aparelho.
Aguiar andou devagar com as mãos nos bolsos até onde a garota estava. Luinha estava distraída, desenhando na areia.
- Hey. – Ele disse, sentando-se ao lado dela – Posso ficar aqui?
- Aham.
Ela respondeu olhando pra baixo e dois minutos de silêncio pairaram ali. Arthur estava olhando para o mar, quando Luinha virou-se bruscamente para ele.
- Me desculpe, você deve ter se machucado! – Ela parecia lembrar-se disso somente agora. Aguiar riu.
- Está tudo bem...
- Deixa eu ver! – Ela acendeu a luz fraca do celular para iluminar melhor o rosto do garoto – Ele te bateu aqui... Ah Arthur, sinto muito...
- Ei, já disse que está tudo bem! – Ele sorriu olhando nos olhos vermelhos da garota – Deve estar doendo mais nele. – Ele riu e Luinha sorriu, rolando os olhos.
- Metido.
- Realista.
- Ah, fica quieto! – Ela riu baixo.
Arthur olhou para Luinha novamente e sentiu um arrepio na espinha. Estavam longe da orla, o local era pouquíssimo iluminado, mas ela estava incrivelmente linda ali. Era realmente estranho tudo aquilo.
- Posso falar uma coisa? – Arthur sorriu tímido e Luinha assentiu. – Eu fiquei curioso pra saber o resto da carta... Não me bate! – Ele disse rapidamente e Luinha tentou não rir.
- Você e o resto do colégio... Eu não precisava disso.
- Eu sei, desculpe.
- Não tem porque se desculpar. – Ela suspirou abraçando os braços.
- Frio? – Arthur perguntou e sorriu, quando ela afirmou com a cabeça. Então ele tirou o casaco fino que estava vestindo e colocou nas costas dela.
- Você não estava vestindo isso. – Luinha franziu a testa e ele riu.
- Peguei no carro depois da briga.
- Ah. – Luinha abaixou os olhos ao lembrar da cena – Obrigada, de qualquer forma.
- Por nada.
- Arthur, promete uma coisa pra mim? – Lua perguntou do nada e Aguiar franziu a testa, sem entender.
- O que?
- Não vá ficar se achando pelas coisas que você ouviu. Aliás, finja que não ouviu nada. – Ela pediu com um olhar suplicante e Aguiar sorriu levemente.
- Eu não posso fingir que não ouvi, Lua... – Ele disse calmo e ela o olhou – Até porque eu gostei do que eu ouvi, de verdade.
- Mas...
- ... Mas relaxa, eu não vou ficar me achando. Eu não vou comentar mais nada sobre isso, prometo. – Arthur sorriu, fazendo com que Luinha o acompanhasse.
- Obrigada. E desculpe pelo o que Brian fez com você. Eu juro que vai ter volta! Ele não perde por esperar! – Luinha estava ficando nervosa novamente. Fechou as mãos e os olhos já estavam marejando de novo, enquanto ela olhava para o nada.
- Luinha, eu já disse que está tudo bem! – Arthur disse olhando nos olhos da garota – De verdade.
- Eu não precisava passar por isso. Muito menos você. Eu fico me perguntando porque eu fiquei com esse cara... – Uma lágrima do rosto da garota.Arthur, sem pensar duas vezes, a enxugou num toque leve, e Luinha olhou nos olhos dele, involuntariamente.
- Não pense assim. – Ele sorriu passando a mão de leve nos cabelos da garota – Ele que devia ter orgulho de... – Aguiar parou para medir as palavras – Orgulho de ter namorado uma garota como você.
Luinha olhava fixamente nos olhos de Arthur, que estavam refletindo a pouca luz do lugar e o silêncio tomou conta do lugar. Só podiam ouvir o quebrar das ondas mais adiante. Ela simplesmente não sabia o que dizer, mas estava sentindo-se reconfortada. Apenas por estar ali, com ArthurAguiar, que poucos dias antes era motivo de sua fúria.
- Arthur...
- Eu...
- Eu posso... – Luinha olhava para baixo com um sorriso quase infantil no rosto – Ah, esquece.
- Ah não! – Arthur virou de frente pra ela, curioso – Agora fala.
- Não! – Lua riu.
- Ah, por favor! – Arthur fez cara de cão sem dono e Luinha rolou os olhos, rindo.
- Eu não sei porque eu estou pedindo isso, que fique claro – A garota voltara a olhar para os pés, visivelmente tímida – Isso é estranho.
- Você ainda não pediu nada.
- Você vai achar estranho.
- Tente.
Luinha rolou os olhos numa risada baixa e sincera. Sentou-se de frente para Arthur e sorriu.
- Posso abraçar você? – Luinha olhou para baixo e não viu o sorriso que Arthur abriu – É que não sei, fiquei com vontade. Eu preciso abraçar alguém e...
Luinha ia atropelando as palavras tentando consertar o que acabara de dizer, e tinha a sensação que não devia ter dito nada. Estava falando sem parar quando Arthur soltou uma risada muito alta.
- O que foi, tá louco? – Luinha parou do nada vendo o garoto rir. – Para de rir, Arthur Aguiar! O que aconteceu?
- Caramba, você fala demais! – Ele riu e continuou, antes que ela pudesse se manifestar – Vem cá!
Arthur a puxou para mais perto e abraçou com força. Luinha respirou fundo sentindo o perfume do pescoço do garoto. Pousou sua cabeça sobre o peito dele, o segurando com toda força que podia. Aguiar mantinha os olhos fechados ao acariciar os cabelos e o rosto frio de Lua. Ficaram ali, sem dizer nada por alguns minutos, mas sentindo-se incrivelmente bem. Com um pouco de esforço, Luinha saiu dali, contra a própria vontade. Estava com vergonha, mas sentia-se muito bem. Era como se nada tivesse acontecido. Aquele momento havia apagado todos os outros daquela noite.Arthur abriu um sorriso encantador e a garota quase teve certeza que suas pernas nunca mais obedeceriam.
- Você não precisa pedir. – Aguiar disse, ainda sorrindo.
- Bom saber.
Luinha sorriu mais largamente e apoiou sua cabeça no ombro de Arthur, que envolveu sua cintura com a mão. Ficaram olhando o mar sem dizer nada, por mais um tempo, ignorando o quanto estranha era aquela situação para os dois.
- Eu acho que tenho que ir pra casa. – Luinha disse, quebrando o silêncio.
- Porque?
- Porque eu tenho casa! – Ela respondeu e os dois riram.
- Mas você não precisa ir agora!
- É, acho que não... – Luinha sorriu meio torto – Mas ainda tenho algumas coisas da bagagem pra ver e...
- Eu vou te levar pra casa. – Arthur disse levantando.
- Não, não precisa Arthur! – Luinha continuava sentada, estendendo a mão para que ele a ajudasse – Não precisa se incomodar.
- Eu faço questão. – Arthur sorriu – Vou ficar com você até a noite terminar. Só pra ter certeza.
- Certeza de que? – Luinha já estava em pé, olhando desconfiada.
- Certeza de que isso realmente está acontecendo. – Ele riu, tímido, e Luinha sentiu as pernas bambearem de verdade.
- Já que é assim... – Ela sorriu – Aceito sua carona.
Lua e Arthur foram conversando sobre coisas aleatórias no caminho até o carro. A festa estava sendo desmontada, devia ser tarde, mas Luinha não se preocupou em conferir. Não estava com cabeça para aquilo, mas estava feliz. Em alguns minutos pararam em frente ao carro de Arthur. Luinha sentou-se e olhou de rabo de olho para o rádio. O caminho era curto, chegariam rápido. Mas mesmo assim uma música cairia bem.
- Posso? – Ela perguntou, já ligando o aparelho. Arthur riu.
Um Cd do Beach Boys começou a tocar e Luinha sorriu.
- Sem chance de Snow Patrol ser sua banda favorita! Ela disse e Arthur riu.
- Não é. – Ele disse, batucando no volante – Mas aquela música estava pedindo pra ser ouvida.
- Faz sentido! – Luinha riu baixo – Eu adoro essa música!
Lua fez da própria mão um microfone e começou a cantar junto com o Cd. Arthur teve um ataque de riso olhando para a garota balançando a cabeça de um lado para o outro ao seu lado.
- Achei, cara. Vou lá falar com ela. Mas relaxa que ela está bem. – Ele disse simplesmente, e desligou o aparelho.
Aguiar andou devagar com as mãos nos bolsos até onde a garota estava. Luinha estava distraída, desenhando na areia.
- Hey. – Ele disse, sentando-se ao lado dela – Posso ficar aqui?
- Aham.
Ela respondeu olhando pra baixo e dois minutos de silêncio pairaram ali. Arthur estava olhando para o mar, quando Luinha virou-se bruscamente para ele.
- Me desculpe, você deve ter se machucado! – Ela parecia lembrar-se disso somente agora. Aguiar riu.
- Está tudo bem...
- Deixa eu ver! – Ela acendeu a luz fraca do celular para iluminar melhor o rosto do garoto – Ele te bateu aqui... Ah Arthur, sinto muito...
- Ei, já disse que está tudo bem! – Ele sorriu olhando nos olhos vermelhos da garota – Deve estar doendo mais nele. – Ele riu e Luinha sorriu, rolando os olhos.
- Metido.
- Realista.
- Ah, fica quieto! – Ela riu baixo.
Arthur olhou para Luinha novamente e sentiu um arrepio na espinha. Estavam longe da orla, o local era pouquíssimo iluminado, mas ela estava incrivelmente linda ali. Era realmente estranho tudo aquilo.
- Posso falar uma coisa? – Arthur sorriu tímido e Luinha assentiu. – Eu fiquei curioso pra saber o resto da carta... Não me bate! – Ele disse rapidamente e Luinha tentou não rir.
- Você e o resto do colégio... Eu não precisava disso.
- Eu sei, desculpe.
- Não tem porque se desculpar. – Ela suspirou abraçando os braços.
- Frio? – Arthur perguntou e sorriu, quando ela afirmou com a cabeça. Então ele tirou o casaco fino que estava vestindo e colocou nas costas dela.
- Você não estava vestindo isso. – Luinha franziu a testa e ele riu.
- Peguei no carro depois da briga.
- Ah. – Luinha abaixou os olhos ao lembrar da cena – Obrigada, de qualquer forma.
- Por nada.
- Arthur, promete uma coisa pra mim? – Lua perguntou do nada e Aguiar franziu a testa, sem entender.
- O que?
- Não vá ficar se achando pelas coisas que você ouviu. Aliás, finja que não ouviu nada. – Ela pediu com um olhar suplicante e Aguiar sorriu levemente.
- Eu não posso fingir que não ouvi, Lua... – Ele disse calmo e ela o olhou – Até porque eu gostei do que eu ouvi, de verdade.
- Mas...
- ... Mas relaxa, eu não vou ficar me achando. Eu não vou comentar mais nada sobre isso, prometo. – Arthur sorriu, fazendo com que Luinha o acompanhasse.
- Obrigada. E desculpe pelo o que Brian fez com você. Eu juro que vai ter volta! Ele não perde por esperar! – Luinha estava ficando nervosa novamente. Fechou as mãos e os olhos já estavam marejando de novo, enquanto ela olhava para o nada.
- Luinha, eu já disse que está tudo bem! – Arthur disse olhando nos olhos da garota – De verdade.
- Eu não precisava passar por isso. Muito menos você. Eu fico me perguntando porque eu fiquei com esse cara... – Uma lágrima do rosto da garota.Arthur, sem pensar duas vezes, a enxugou num toque leve, e Luinha olhou nos olhos dele, involuntariamente.
- Não pense assim. – Ele sorriu passando a mão de leve nos cabelos da garota – Ele que devia ter orgulho de... – Aguiar parou para medir as palavras – Orgulho de ter namorado uma garota como você.
Luinha olhava fixamente nos olhos de Arthur, que estavam refletindo a pouca luz do lugar e o silêncio tomou conta do lugar. Só podiam ouvir o quebrar das ondas mais adiante. Ela simplesmente não sabia o que dizer, mas estava sentindo-se reconfortada. Apenas por estar ali, com ArthurAguiar, que poucos dias antes era motivo de sua fúria.
- Arthur...
- Eu...
- Eu posso... – Luinha olhava para baixo com um sorriso quase infantil no rosto – Ah, esquece.
- Ah não! – Arthur virou de frente pra ela, curioso – Agora fala.
- Não! – Lua riu.
- Ah, por favor! – Arthur fez cara de cão sem dono e Luinha rolou os olhos, rindo.
- Eu não sei porque eu estou pedindo isso, que fique claro – A garota voltara a olhar para os pés, visivelmente tímida – Isso é estranho.
- Você ainda não pediu nada.
- Você vai achar estranho.
- Tente.
Luinha rolou os olhos numa risada baixa e sincera. Sentou-se de frente para Arthur e sorriu.
- Posso abraçar você? – Luinha olhou para baixo e não viu o sorriso que Arthur abriu – É que não sei, fiquei com vontade. Eu preciso abraçar alguém e...
Luinha ia atropelando as palavras tentando consertar o que acabara de dizer, e tinha a sensação que não devia ter dito nada. Estava falando sem parar quando Arthur soltou uma risada muito alta.
- O que foi, tá louco? – Luinha parou do nada vendo o garoto rir. – Para de rir, Arthur Aguiar! O que aconteceu?
- Caramba, você fala demais! – Ele riu e continuou, antes que ela pudesse se manifestar – Vem cá!
Arthur a puxou para mais perto e abraçou com força. Luinha respirou fundo sentindo o perfume do pescoço do garoto. Pousou sua cabeça sobre o peito dele, o segurando com toda força que podia. Aguiar mantinha os olhos fechados ao acariciar os cabelos e o rosto frio de Lua. Ficaram ali, sem dizer nada por alguns minutos, mas sentindo-se incrivelmente bem. Com um pouco de esforço, Luinha saiu dali, contra a própria vontade. Estava com vergonha, mas sentia-se muito bem. Era como se nada tivesse acontecido. Aquele momento havia apagado todos os outros daquela noite.Arthur abriu um sorriso encantador e a garota quase teve certeza que suas pernas nunca mais obedeceriam.
- Você não precisa pedir. – Aguiar disse, ainda sorrindo.
- Bom saber.
Luinha sorriu mais largamente e apoiou sua cabeça no ombro de Arthur, que envolveu sua cintura com a mão. Ficaram olhando o mar sem dizer nada, por mais um tempo, ignorando o quanto estranha era aquela situação para os dois.
- Eu acho que tenho que ir pra casa. – Luinha disse, quebrando o silêncio.
- Porque?
- Porque eu tenho casa! – Ela respondeu e os dois riram.
- Mas você não precisa ir agora!
- É, acho que não... – Luinha sorriu meio torto – Mas ainda tenho algumas coisas da bagagem pra ver e...
- Eu vou te levar pra casa. – Arthur disse levantando.
- Não, não precisa Arthur! – Luinha continuava sentada, estendendo a mão para que ele a ajudasse – Não precisa se incomodar.
- Eu faço questão. – Arthur sorriu – Vou ficar com você até a noite terminar. Só pra ter certeza.
- Certeza de que? – Luinha já estava em pé, olhando desconfiada.
- Certeza de que isso realmente está acontecendo. – Ele riu, tímido, e Luinha sentiu as pernas bambearem de verdade.
- Já que é assim... – Ela sorriu – Aceito sua carona.
Lua e Arthur foram conversando sobre coisas aleatórias no caminho até o carro. A festa estava sendo desmontada, devia ser tarde, mas Luinha não se preocupou em conferir. Não estava com cabeça para aquilo, mas estava feliz. Em alguns minutos pararam em frente ao carro de Arthur. Luinha sentou-se e olhou de rabo de olho para o rádio. O caminho era curto, chegariam rápido. Mas mesmo assim uma música cairia bem.
- Posso? – Ela perguntou, já ligando o aparelho. Arthur riu.
Um Cd do Beach Boys começou a tocar e Luinha sorriu.
- Sem chance de Snow Patrol ser sua banda favorita! Ela disse e Arthur riu.
- Não é. – Ele disse, batucando no volante – Mas aquela música estava pedindo pra ser ouvida.
- Faz sentido! – Luinha riu baixo – Eu adoro essa música!
Lua fez da própria mão um microfone e começou a cantar junto com o Cd. Arthur teve um ataque de riso olhando para a garota balançando a cabeça de um lado para o outro ao seu lado.
Wouldn't it be nice if we were older? (Não seria legal se nós fossemos mais velhos?)
Then we wouldn't have to wait so long (Então nós não teríamos que esperar tanto)
And wouldn't it be nice to live together (E não seria legal se vivêssemos juntos)
In the kind of world where we belong (Em algum tipo de mundo em que nós pertencemos)
Then we wouldn't have to wait so long (Então nós não teríamos que esperar tanto)
And wouldn't it be nice to live together (E não seria legal se vivêssemos juntos)
In the kind of world where we belong (Em algum tipo de mundo em que nós pertencemos)
Luinha olhava para Arthur rindo junto da própria cena. Afinou a voz e continuou cantando.
You know it's gonna make it that much better (Você sabe que vai ser muito melhor)
When we can say goodnight and stay together… (Quando pudermos dizer "boa noite" e ficar juntos)
When we can say goodnight and stay together… (Quando pudermos dizer "boa noite" e ficar juntos)
Arthur ainda ria quando voltou a batucar no volante. Luinha estendeu seu “microfone para ele, e os dois começaram a cantar juntos.
Wouldn't it be nice if we could wake up (Não seria legal se pudéssemos acordar)
In the morning when the day is new (Na manhã de um dia novinho em folha)
And after having spent the day together (E depois de termos passado o dia juntos)
Hold each other close the whole night through (Ficaríamos abraçados a noite inteira)
- Ah, eu preciso respirar! – Arthur estava em meio a um ataque de riso. Luinha gargalhava mais ao olhar para o garoto.
- Fala se eu não sou a melhor cantora que você já ouviu? – Ela abaixou um pouco o volume do rádio, arfando.
In the morning when the day is new (Na manhã de um dia novinho em folha)
And after having spent the day together (E depois de termos passado o dia juntos)
Hold each other close the whole night through (Ficaríamos abraçados a noite inteira)
- Ah, eu preciso respirar! – Arthur estava em meio a um ataque de riso. Luinha gargalhava mais ao olhar para o garoto.
- Fala se eu não sou a melhor cantora que você já ouviu? – Ela abaixou um pouco o volume do rádio, arfando.
Continua...
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