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"Summertime"

                                   Capitulo 6 - Parte 3





- Porque os copos estão do teu lado, talvez? – Ela disse com a voz confusa e Arthur riu baixo. Todos olhavam pra ele.

- Você quer? Então você vem pegar, 
docinho. – Ele disse simplesmente com um tom debochado e voltou a comer seu pedaço de pizza como se nada tivesse acontecido.

 Luinha sentiu o rosto queimar de raiva. Não sabia por que Arthur estava agindo daquela maneira, mas realmente tinha conseguido a irritar. Odiava aquelas respostas. Odiava aquele apelidinho maldito. Melzinha estendeu a mão para o copo, mas Lua a encarou com um olhar bravo e ela parou onde estava. Aguiar ainda parecia estar mais interessado na pizza do que em qualquer outra coisa. Lua engatinhou calmamente até onde os copos estavam, e Arthur olhou discretamente. A garota ajoelhou e pegou uma garrafa de refrigerante ao lado de Micael, colocando calmamente no copo enquanto Arthur sorria maliciosamente. Então ela o encarou e começou a entornar o refrigerante na bermuda queAguiar estava vestindo, rindo alto.

- CARALHO, VOCÊ TÁ MALUCA? – Arthur gritou e Lua riu escandalosamente.

- Talvez se você tivesse sido gentil uma vez na sua vida, isso não teria acontecido! – Luinha disse com um sorriso encantador e voltou para onde estava, vendo que as amigas riam e que os garotos a encaravam amedrontados, mas que queriam rir. Arthur rolou os olhos e levantou, saindo dali rapidamente, sem dizer nenhuma palavra.

Luinha estava sentada sozinha no enorme sofá da sala de TV. Estava arrumada e esperava que Melzinha e Amandinha ficassem prontas. Sop estava com ela até minutos antes, mas fora apressar as garotas. Arthur entrou na sala e Lua percebeu isso, mas não tirou os olhos da televisão. Ele se jogou no sofá de uma maneira rude e pegou o controle remoto, mudando de canal como se ninguém estivesse ali. Lua resmungou alto e virou para ele.

- Arthur, eu estava assistindo, me dá essa porcaria de controle!

- Ah, nem vi que você estava aqui, docinho! – Arthur respondeu e a garota bateu com a mão fechada no sofá, fazendo-o rir alto.

- Pára de rir seu idiota, me dá esse controle!

- Nossa, quanta revolta! Fica quieta aí e assiste futebol que é melhor... – Arthur disse calmamente e Lua levantou, xingando baixo.

Quando estava prestes a sair da sala, Chay e Rodrigo chegaram. Luinha parou no meio do caminho e voltou até onde Arthur estava sentado. Apoiou suas mãos nos joelhos do garoto, e aproximou seu rosto do dele, tão perto que podia sentir a respiração de Aguiar falhar e ele desviar o olhar. Levou uma das mãos até seu rosto delicadamente e levantou seu queixo, fazendo com que olhasse em seus olhos.

- Sabe, Arthur... Você já foi muito melhor nisso! – Ela dizia com a voz doce, e Arthur respirava com dificuldade – Nossas brigas já foram tão mais... Adultas, sabe? Ah, você perdeu o jeito! Negar pegar um copo pra mim? Mudar o canal da TV enquanto eu assisto? – Luinha parou e riu alto. – Quantos anos você tem, nove? Se for pra ser assim, eu prefiro não brigar, tá? Ignorar você me parece bem mais sensato, e sabe do que mais? – Ela perguntou acariciando o rosto do garoto, com um olhar malicioso – É isso que eu vou fazer! Volte a ser homem e depois venha falar comigo,
docinho...

Luinha deu um tapinha leve no rosto de Aguiar, e saiu rebolando da sala, ignorando os olhares de Rodrigo e Chay. Assim que saiu pelo corredor, ouviu os dois gargalharem lá dentro e riu sozinha. Se Arthur queria voltar a agir como um idiota, problema dele. Ela sempre seria melhor.

- Já vão? – Rodrigo perguntou vendo as quatro garotas arrumadíssimas passarem ao lado da piscina em direção ao portão.

- Já, queremos sair cedo e voltar cedo... – Luinha disse e ele a encarou – Tipo umas sete da manhã, sabe? Cedo! – Ela completou e o amigo gargalhou.

Arthur apareceu do lado de fora e encarou a garota que ria enquanto conversava com Marques. Ela estava com uma saia jeans curta, uma baby-look preta com uns desenhos e um scarpin. Extremamente e irritantemente linda. Sentiu raiva ao lembrar do que acontecera momentos antes, e do quanto tinha sido zoado por aquilo. Os outros garotos apareceram atrás dele, também prontos pra sair.

- Vamos à caça? – Chay passou o braço nos ombros de Arthur, que riu.
- Com toda certeza, dude! – Ele respondeu e viu as meninas já saírem, seguindo com os amigos para o lado oposto de onde iam.

Depois de darem voltas pela Riviera, os garotos acabaram no mesmo lugar onde as meninas estavam. Micael as avistou de longe e acenou, pegando uma mesa com os amigos. Arthur viu Lua rindo com um garoto, e fez careta. A raiva ainda não tinha passado, e ele queria se vingar. A cada centímetro que o garoto se aproximava, ele ficava mais apreensivo, dando goles gigantescos em sua cerveja. Os garotos mal perceberam as reações do amigo, estavam mais interessados em vigiar um grupo de garotas que estava na mesa ao lado. Aguiar olhou para o lado e viu as quatro garotas bonitas chegarem perto, cumprimentando-os e sentando junto com eles. Chacoalhou a cabeça e fixou o olhar no decote de uma ruiva, por mais que isso incrivelmente lhe parecesse bem menos interessante do que ficar se torturando ao assistir Lua e o outro cara.

- Vou pegar mais cerveja, quer alguma coisa? – Arthur perguntou alto, devido a música, e a garota da qual ele não lembrava o nome sorriu, assentindo.

- Traz uma pra mim também! – Ela disse e ele sorriu, já um pouco alterado pela bebida.

Seguiu até o bar e pediu duas cervejas para a garçonete. O pub estava cheio e ele estava tendo dificuldade para conseguir voltar para onde estava sentado. No meio da multidão, avistou Luinha e Amandinha.

- O que você disse Lua? – Amanda gritou e Luinha riu.

- Eu vou pra casa buscar a máquina! – Lua gritou e Amanda fez careta.

- AGORA? Deixa pra depois, a gente tira foto amanhã! – Amandinha disse alto e Luinha negou. Arthur ainda tentava passar, mas de alguma forma queria ficar preso ali.

- Não, eu quero registrar nossa primeira noite na França! – Lua respondeu e a amiga riu. – Temos quatro câmeras e esquecemos todas, lerdas!

- É A EMPOLGAÇÃO DA FRANÇA, UHUL! – Amanda gritou e Lua riu alto, saindo por entre as pessoas.

Arthur olhou a garota e teve um estalo. Riu sozinho e abriu caminho para passar, com um sorriso malicioso nos lábios.
Lua abriu o portão da mansão e entrou calmamente. O pub em que ela estava com as amigas ficava apenas dez minutos dali, talvez menos, mas ela pegou um táxi mesmo assim. Subiu as escadas devagar, e seus ouvidos estavam zunindo, ainda desacostumados com o silêncio repentino. Entrou em seu quarto e encarou as malas, desanimada. Não tinha a menor idéia de onde havia guardado a câmera e aquilo poderia demorar mais do que ela esperava. Fez uma careta pensando nisso, quando lembrou que ela e as garotas tinham tirado fotos no avião com a câmera de Mel, e foi para o quarto da amiga, diretamente até a bolsa da garota. Pegou a pequena câmera rosa e sorriu, virando-se para ir embora.

- AAAAAAAH! – Luinha gritou alto e Arthur desatou a rir. – Arthur? Porra, quer me matar de susto? – Lua ainda berrava e segurava o peito, ficando irritada ao ouvir a risada de Arthur. – O que diabos você tá fazendo aqui?

- Ué, eu também estou hospedado aqui, esqueceu? – Arthur respondeu indiferente, encostando na parede.

- Ah é, quase esqueci desse 
pequeno detalhe. – Luinha respondeu debochada e Aguiar rolou os olhos. – Vou nessa, até depois Aguiar!

Luinha disse quase passando pela porta quando Arthur a segurou pelo braço, a puxando para dentro novamente. Aguiar a puxou com força e seus corpos involuntariamente se colaram. Ele respirou fundo e a encostou na parede, prendendo-a entre seus braços. Lua sentia sua respiração falhar a medida que seu coração acelerava.

- O que... O que você tá fazendo? – Ela conseguiu dizer com a voz fraca, e Arthur sorriu malicioso, a apertando novamente contra a parede. Aguiar encostou o nariz no pescoço da menina e pode perceber que ela se arrepiou com o toque. Sorriu, aproximando sua boca da orelha dela.

- Repete o que você disse. – Arthur disse com a voz baixa, e Lua suspirou alto.

- Do que você tá falando, garoto? – Luinha respondeu quase sussurrando, enquanto Arthur brincava com seu pescoço e ela sentia sua pele arrepiar.

- Que eu não sou homem. – Ele disse simplesmente, mordendo o lóbulo da orelha da garota, que num reflexo, apertou sua cintura.

- Você tá maluco? Pára com isso, Arthur... – Luinha tentava parecer autoritária, mas sua voz saía fraca, suas pernas estavam moles.

- Repete. – Arthur insistiu, ainda sussurrando, enquanto entrelaçava as mãos no cabelo de Lua, próximo a nuca, e ela fechou os olhos, respirando fundo.

- Arthur, já te disse pra me largar! – Ela respondeu, em um tom de ameaça muito baixo. O garoto riu próximo ao seu ouvido.

- Engraçado. Você diz uma coisa, mas age de outro jeito... – Ele parou de falar e encostou a testa na dela. A única luz vinha da varanda, e ele suspirou alto ao encará-la tão de perto. – Se você quer tanto que eu pare, porque está apertando minha cintura com tanta força, 
docinho? – Ele continuou malicioso e Lua bufou, sentindo seu rosto queimar.

- Arthur Aguiar, é melhor você me largar...


Continua...




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