Fanfic: O vizinho do lado

                                                             Capitulo 51

- A Lola lhe disse isso ? - ele perguntou enquanto terminava de guardar a louça do jantar e se juntava a Lua na sala
- Arthur … - ele a interrompeu
- Thur ! Thur .. - a repreendeu sentando na mesinha de centro, de frente para Lua que estava sentada no sofá
- Thur ! - ela repetiu sorrindo do mal humor dele – Ela é uma criança. Ficou com medo da uma babá psiquiatra. Ainda mais depois do que a coleguinha dela falou.
- E o que a coleguinha dela falou ? - ele perguntou preocupado
- Ela me disse no dia da festa de Mel, que uma tal de Rafaela disse ela só iria ter uma babá porque não tinha mãe, e que as babás só servem para dar castigo.
- E porque ela não me contou nada disto ?
- Se ela contasse o que você teria feito ?
- Eu iria imediatamente na escola, e pediria para falar urgentemente com os pais desta menina ! - ele disse bravo
- Acho que foi por isso que não falou nada. Sabia o que você ia fazer. - Arthur suspirou – Lola só precisa de um tempo Thur .
- Que tipo de pai a minha filha acha que eu sou ?! - ele perguntou cabisbaixo
- Do tipo que cuida dela e a ama acima de tudo. - Lua respondeu emocionada ao ver a expressão no rosto dele
- As vezes acho que estou fazendo tudo errado com Lola. - admitiu
- Oh, - ela disse pegando uma das grandes mãos dele e aconchegando entre as suas – Cris, eu tenho certeza que esta fazendo tudo certo. Lola é uma menina de ouro, e ela ama você, da pra ver como os olhinhos dela brilham ao falar de você.
- E eu amo ela. - ele suspirou – Sabe Lua, as vezes eu paro pra pensar... Meus pais já tem uma certa idade, e eu não tenho irmãos.. e se eu me for assim como Belinda ? E se eu morrer ? O que restara para Bela ?
Um arrepio passou por todo o corpo de Lua, e ela sentiu seu estomago se revirar. Imaginar Arthur frio, imóvel e sem vida lhe causava uma dor irreparável, como se alguém estive perfurando seus pulmões enquanto ela ainda esta consciente.
Então, por algum motivo, ela se imaginou sem Arthur. E por algum motivo, seu coração de acelerou a medida que um nó na garganta ia se formando. Sentiu o lábio tremer e os olhos nublarem, inundados de lagrimas. E ela fez a única coisa que pode.
Com um só movimento ela o abraçou com todas as forças que tinha, como se quisesse fundi-lo junto a si, como se precisasse senti-lo para ter certeza de que ele não iria, ele não a deixaria jamais.
- Nunca mais diga uma coisa dessas Arthurr ! Me ouviu ? - ela perguntou se afastando pera encará-lo – Nunca ! - ela voltou a abraçá-lo e ele retribuiu.


Continua...