- Vamos dar uma volta por aí? As dondocas querem tomar sol, e eu quero ver o que tem de bom nesse lugar... – Sop sorriu marota e Luinha balançou a cabeça, rindo baixo.
- Okay, vamos desvendar a Riviera, baby! – Lua respondeu rapidamente e saiu com Sophia para mais perto da água.
As duas estavam andando e chamando um pouco de atenção, e como toda mulher, estavam adorando. Mas Lua ainda procurava insistentemente por Arthur, e aquilo estava ficando irritante. Avistou Chay e Micael bebendo na areia e sorriu de canto.
- Olha lá, meu irmão e o Chay! Vamos falar com eles, Sop! – Ela disse puxando a amiga, que tentava a puxar para o outro lado, sem sucesso.
- Cacete Lua, a gente vê eles todo dia, porque temos que... – Sophia ia dizendo quando Luinha a interrompeu.
- Eu só tô com sede, vou pegar um gole da cerveja do meu irmão, amor. – Luinha disse com a voz doce e Sop sorriu, derrotada. – Fala branquelo! –Luinha disse e Micael riu.
- Falou a from geto, hein? – Micael disse e Lua gargalhou, assim como Sophia. Ela geralmente não gostava de rir do que Micael dizia, por pura implicância. Mas não conseguiu se conter.
- Me dá um gole disso, mané! – Luinha pegou a cerveja do irmão, e sorriu. – Cadê o... – Ela parou ao ver que Chay a encarava. – Rodrigo?
Chay riu.
- Acho que ele foi no quiosque pegar mais cerveja. – Suede disse indiferente e Luinha bateu os dedos na garrafa, inquieta. Não sabia como perguntar.
- Que cara é essa, Lua? – Sop perguntou e Luinha a xingou mentalmente.
- Nada! – Luinha respondeu rapidamente devolvendo a garrafa para Micael .
Então ela olhou rapidamente em volta e seus olhos pararam no mar. Olhou mais fixamente e viu que uma garota sorria abobalhada, e mais a frente, viu Arthur. Ele também sorria e suas mãos tocavam a cintura da menina.
- Luinha? – Micael a chamou para a realidade. A garota ainda encarava o mar, boquiaberta.
- É o... Arthur? – Perguntou com a voz baixa e Chay riu ruidosamente.
- Meu garoto não perde tempo! – Suede respondeu e Lua não sabia o porquê, mas seu estômago parecia dar cambalhotas dentro dela. Respirou fundo e viu Rodrigo chegando.
- Gatas! – Ele disse e Sophia fez careta. Sop realmente não se dava bem com nenhum dos garotos.
- Oi. – Luinha respondeu baixo. – Vamos procurar aquele cara, Sop? – Ela perguntou e Rodrigo olhou para o mar, e voltou o olhar para amiga de um jeito piedoso. Talvez Marques fosse o único que estava captando tudo.
- Claro! – Sophia respondeu aliviada e puxou a amiga pela mão.
- Luinha! – Rodrigo a chamou e ela virou.
- O que foi?
Rodrigo encarou o mar e olhou para a amiga. Micael, Sophia e Chay encaravam os dois sem nenhum disfarce, e Marques desistiu.
- Nada, esquece! A gente se vê mais tarde! – Ele disse e Lua fez careta, mas não falou nada. Apenas seguiu Sop e sumiu dali.
Lua estava em uma das cadeiras na borda da piscina, com Melzinha ao seu lado. Amanda e Sop estavam na água, e todas conversavam animadamente naquele fim de tarde. Luinha olhava para o céu e tentava entender porque estava com tanta raiva. Sim, ela estava nervosa, mas conseguia muito bem disfarçar, isso já tinha virado normal para ela. Sorrir para quem não a conhece, disfarçar sentimentos, segurar o choro... Tudo isso era básico, simples. Nenhum esforço anormal. Ouviu um barulho no portão e risadas altas. Respirou fundo e continuou imóvel.
- Ué, pensei que ainda estariam na praia! – Chay disse e Amanda sorriu.
- Estamos experimentando de tudo um pouco, querido! – Ela respondeu e ele sorriu. Ao contrário de Sophia, Amanda não tinha nenhum ódio fenomenal por nenhum dos garotos.
- Droga, pensei que a piscina seria nossa! – Micael reclamou e Luinha riu, virando-se de lado. Seu olhar encontrou o de Arthur e ele sorriu brevemente. Ela desviou rapidamente e levantou. Arthur encarou boquiaberto o corpo perfeito de Lua. Era indiscutível que ela era linda, mas vê-la ali de biquíni, tão próxima dele, era no mínimo tentador.
- Nós não iremos matar vocês, podem usar a piscina, Micael! – Ela disse e o irmão riu. Arthur voltou à realidade e olhou para onde os dois estavam. – Vou pegar uma Coca! –Lua disse por fim.
- Me dá uma carona? – Sop brincou e Luinha riu. – Vou ao banheiro.
As duas saíram e Rodrigo deitou na cadeira onde Sophia estava. Luinha seguiu sozinha para a cozinha gigantesca. Ficou encarando a parede, tentando pensar numa forma de agir normalmente, mas depois dos últimos dias, não sabia mais o que era normal para ela. Sop chegou e ela sorriu.
- Ainda tá aqui? Vim pegar uma também! – A garota disse simplesmente e abriu a geladeira, pegando uma Coca. – Você tá quieta, amor!
- Não tô não. – Lua respondeu rápido e Sop sorriu.
- Eu te conheço, garota! O que houve?
- Nada.
- Desde aquela hora da praia... Que a gente tava com os meninos e você viu o... Espera! – Sop parou e encarou a amiga com os olhos esbugalhados. Lua engoliu seco e a olhou, tentando parecer o mais normal possível. – Você não gostou de ver o Arthur com outra menina? O Arthur? O Arthur Aguiar? O garoto que você odeia e... – Sop disparou e Luinha a beliscou, fazendo-a parar. – OUTCH!
- Cala a boca, Sophia! Não é nada disso! – Luinha a encarou apreensiva, e tentava manter a voz calma, mas seu coração estava a mil e suas mãos gelavam.
- Então é o que? É claro que é isso! – Sop disse ainda alto e Lua fez sinal pra que ficasse quieta.
- Não, é que eu não tava me sentindo bem. Você bebeu, Sophia? Eu, justo EU? Lua Blanco sempre odiará Arthur Aguiar. Essa é a lei da vida! –Luinha respondeu e seu peito doía. Não gostava de mentir para as amigas, e também não sabia por que estava agindo daquela maneira.
- Mas Luinha...
- Não tem nada de “mas”! Eu tô falando sério, eu não gosto do Arthur, e nada mudou em relação a isso. NADA. – Luinha respondeu firme e Sophia assentiu com a cabeça, ainda desconfiada.
- Ué Arthur, cadê minha cerveja? – Micael perguntou olhando para frente e Arthur deu de ombros.
- Esqueci de pegar. – Respondeu simplesmente, deitando na grama. Mel abaixou a haste dos óculos escuros e encarou a expressão séria, talvez de dor que Arthur tinha no rosto. Ficou imediatamente preocupada.
- Você tá bem, Aguiar? – Melzinha perguntou e Arthur continuou olhando pra cima.
- Não me enche o saco, Mel! – Ele respondeu seco e talvez um pouco alto demais. Melzinha encarou Rodrigo, que tinha uma expressão confusa no rosto.
- Deixa ele... – Marques disse baixo e Melzinha deitou na cadeira, contrariada.
“Ela me odeia. ELA ME ODEIA. Porque eu fui acreditar? Então nada mudou!”
Arthur pensava e sentia que o peito ia explodir. Tinha escutado a conversa minutos antes e estava se sentindo um completo idiota. Ouviu a risada de Lua e viu que ela chegava com Sophia. Levantou rapidamente e saiu em passos duros em direção a porta, esbarrando com força em Sophia.
- Eita, o que deu nele? – Sop perguntou e Rodrigo encarou Lua, que olhava para a porta com um olhar preocupado.
- Não faço idéia. – Marques respondeu, e entrou na casa atrás do amigo.
- Dude, o que foi isso? – Rodrigo perguntou entrando no quarto e Arthur se xingou mentalmente por não ter trancado a porta.
- Nada. – Respondeu simplesmente, forçando um sorriso. – Eu tô bem.
- Ah claro, primeiro você grita com a coitada da Mel, sinceramente eu nunca vi você fazendo isso com ela... – Marques disse e Aguiar mordeu o lábio, lembrando da cena. Melzinha realmente não merecia. – E depois sai daquele jeito quase quebrando a Sophia no meio!
- Não exagera, eu mal encostei nela! – Arthur respondeu e Rodrigo gargalhou.
- Tá forte então hein? Ela quase caiu.
- Ah Rodrigo, não enche vai! Eu tô bem, vamos descer que eu quero falar com a Melzinha! – Arthur disse saindo do quarto e Rodrigo chacoalhou a cabeça, o seguindo.
Os oito estavam sentados no chão da sala com várias pizzas apoiadas na mesa de centro. Ninguém estava afim de cozinhar e não tinham a mínima idéia de como fariam isso. Estavam comendo antes de saírem, em grupos separados, para conhecer a noite da Riviera. Luinha estava sentada longe de Arthur, e de vez em quando se via encarando o garoto, que parecia fazer questão de olhar pra qualquer pessoa que não fosse ela.
- Arthur... - Lua disse e todos a encararam, inclusive Aguiar.
- Hum... – Arthur respondeu com a boca cheia e fingindo indiferença. Luinha rolou os olhos.
- Me dá um copo? – Ela perguntou apontando para a pilha de copos descartáveis que estava ao lado do garoto.
Arthur encarou os copos, olhou para o rosto de cada um dos amigos e voltou seu olhar pra Luinha, engolindo seco.
- Porque eu faria isso? – Aguiar respondeu e Lua arregalou os olhos, sem entender.
Continua...
Ahh, + pf pf pf +++...
ResponderExcluirMaaaiisss por favor,ta linda demais a web
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