POV Lua
Levantei-me
com bastante cautela da cama. Já passavam das 9 horas, horário que o sinal batia.
Fui ao banheiro e joguei água no rosto. Não sabia quanto tempo a conversa
duraria, então precisava estar bem acordada. Andei olhando paras os lados,
observando se algum dos seguranças do diretor estava de vigia. Antes, o diretor
colocava um segurança na minha porta, pois vivia achava que aquela história
toda de querer um quarto só meu era nada menos de que uma maneira para que eu
aprontasse... Quando percebi que o movimento estava calmo, caminhei
tranquilamente até o quiosque. Cheguei e ele já estava lá. Estava sem camisa.
Meu deus, ele só podia estar tentando me enlouquecer.
- Oi – eu
disse me aproximando
- Oi – ele
respondeu com um sorriso torto. O sorriso mais lindo que eu já vi na minha
vida.
- Bom... Você
sabe... – Sinceramente, não sabia como começar esse assunto – Olha, vou direto
ao ponto. Ontem eu te contei tudo o que eu tinha guardado para mim mesma
durante dois anos e nós quase nos beijamos.
- Érh... –
percebi o quanto ele se embaraçou com minha sinceridade.
- Arthur, a
única coisa que eu quero sabe é: O que você sentiu em relação a isso?
- Ainda não
descobrir...
- Ta,
melhorando a pergunta. O que você acha que está rolando entre nós dois?
- Lua, o que
você quer que eu ache? Claro que
rolou um clima, nenhum de nós dois pode discordar. Mas nem nos conhecemos
direito, o que aconteceu ontem foi somente uma coisa de momento e eu acho que
nós dois não deveríamos se importar com isso.
- É, você tem
toda razão. Por isso, vamos seguir em frente como se nada tivesse acontecido. –
me virei para ir embora, mas ele puxou meu braço para que eu ficasse
- Não foi isso
que eu quis dizer. – ele olhou diretamente nos meus olhos. Ai meu deus! Que
olhos perfeitos. – Não podemos deixar de lado o fato de que você está deixando seus
amigos, que só querem o seu bem, de lado
- Arthur, você
não tem nada a ver com isso, não precisa se preocupar com o que eu faço ou
deixo de fazer.
- Mas Lua...
Eu não posso dizer não a isso. Sei lá, desde ontem eu me sinto na obrigação de
te ajudar.
- É sério
Arthur, não precisa. Estou bem assim. Além do mais, eles estranhariam se eu
voltasse correndo pra ser amiga deles de novo. E essa não seria eu.
-Me deixa ser
seu amigo, então. Lua, eu não consigo esquecer tudo. Mas, por favor, não pense
que é pena. Eu só quero ser seu amigo.
- Mesmo que eu
quisesse, se eu começasse a falar com você, seria como se eu tentasse falar com
eles de novo. Agora você faz parte do grupo deles. Como eu um dia também fiz.
- Eles não
precisam saber.
- Eles vão
acabar descobrindo.
- Olha só.
Toma hoje como exemplo. Eles sabem que estamos conversando?
- Acredito que
não.
- Então, se
nos encontrarmos escondidos eles nunca vão saber.
Pensei um
pouco. Era muito arriscado. Além de os garotos acabarem descobrindo, também tinha
o diretor. Se ele descobrisse que estávamos ali, era expulsão na certa.
Estávamos sozinhos, depois do sinal de recolher e nossas roupas não nos dão ar
de inocentes. Por outro lado, lembrei de ontem. Da segurança que senti em seu
olhar. E também da saudade de um amigo, de alguém pra quem eu possa contar o
que eu estava sentindo. E além do mais, o que é uma vida sem riscos?
- Feito – o vi
abrir mais um sorriso que me fez amolecer totalmente – Mas se eles descobrirem
acaba no mesmo minuto.
- Perfeito.
Troca de
olhares. Troca de sorrisos. Como uma pessoa pode ser tão linda?
- Aconselho a
voltarmos para a cama. Amanhã temos aula bem cedo.
- Ta, mas me
dar seu celular antes. Assim fica mais fácil a gente se comunicar sem ninguém
saber.
Dei meu celular
a ele e ele me deu o dele. Voltamos aos nossos respectivos quartos. Abri a
porta com muito cuidado, não queria que as meninas soubessem que eu tinha
saído. Me deitei, olhei as horas. 09h20min. Que legal! Em menos de 20 minutos
eu tinha me metido na maior burrada da minha vida. Tinha virado amiga do
Arthur. Ou pior, tinha virado amiga do garoto mais bonito do mundo. Me perdi na
beleza de Arthur, até que senti meu celular vibrar.
‘Só pra saber se você tinha me dado o
número certo. Thur’
‘Por que eu daria o número errado? Lu’
‘Sei lá, sua reputação de amizades na é
muito boa, senhorita Lua. Thur’
‘Ah, valeu por me lembrar dos meus
ex-amigos ou, melhor, de como eu era com eles. Vou dormir bem melhor depois
dessa. Lu’
‘Ops... Foi mal. Preciso ir dormir, parece
que o Mika está querendo acordar. Thur
‘Xi... Então acho melhor você ir mesmo. O
Mika tem um dom para descobrir quando as pessoas não estão dormindo. Lu’
‘Bons sonhos. Thur’
‘Bons sonhos. Lu’
Naquela noite
eu dormir mais feliz. Okok eu sei o que você está pensando. Que eu estou
apaixonada pelo Arthur, mas é óbvio que você está enganado. Eu dormir bem
porque estava com saudade de um amigo e o Arthur apareceu para me salvar da
angústia de ficar sozinha por mais 3 anos de colegial. Bom, pelo menos é o que
eu acho.
Continua...
(N/A: E então, mais um capitulo grande pra vocês, mas me digam,
estão gostando? Digam o que
acham da web: o que gostam, o que não gostam, o que acharam muito clichê, o que
acharam perfeito. Comentem, a única forma de eu saber se vocês estão gostando é
comentando.)
posta mais pf, estou amando a web
ResponderExcluirAmeii *--* A fic tá perfeita!
ResponderExcluirPosta maaaais!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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