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Aprendendo a reconquistar

                                       Capitulo 42






Arthur se apossou da cintura de Lua enquanto ela fazia o mesmo com o cabelo dele, as línguas brincavam e eles mordiam os lábios um do outro entre o beijo. Arthur tentava conter sua felicidade, finalmente depois de mais de setecentos dias, sentia os lábios de sua amada outra vez sobre os seus.

- Chega - Lua se separou dele - Nós estamos separados Arthur, isso não deveria ter acontecido - falou com a voz completamente normal e não mostrava qualquer sinal de embriaguez.

- Desculpa, eu fiquei com ciúmes quando vi vários olhares de homens direcionados pra você e pensei que estivesse bêbada. Mil perdões…

- Eu não estou e nem estava bêbada, só falei com a voz embolada porque achei que seria engraçado - riu - E ciúmes Arthur? Por favor, você nunca teve antes e dúvido que teria agora, você não me ama Aguiar além do mais, mesmo que fosse não temos mais nada.

- Eu sei mas acho que a gente precisa conversar em um local mais calmo, venha comigo - antes que ela pudesse se pronunciar, ele a afastou para fora onde já não tinha quase ninguém e o barulho era pouco.

- O que quer falar comigo? - perguntou de forma rápida, odiava ser ríspida com as pessoas mas ainda havia muito mágoa em seu coração.

- Quero te pedir desculpas… por tudo.

- Simples desculpas não apagam o que foi dito ou feito Arthur, você me magoou de propósito sem motivo algum, você me sentir como um lixo, como se eu não fosse nada - lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.

- Eu era um burro Lua, não sabia dar valor a própria mulher que eu tinha nas mãos, eu fazia de propósito porque achava que já tinha tudo mas na verdade eu descobri que eu não era e não tinha nada, tudo o que eu tinha era você mas eu perdi a única que realmente não queria saber só do meu dinheiro… - começou a chorar também - Eu sou tudo de ruim que você possa imaginar, mas eu descobri que te amo, acima de tudo.

- E mostrava seu amor por mim levando outra pra nossa casa, pra esfregar na minha cara que eu realmente não significo nada pra você.

- Não fala assim Lua, você só dificulta as coisas.

- EU SÓ DIFICULTO AS COISAS? - aumentou o tom de voz - Você me pediu em casamento quando eu mal tinha vinte e um anos, me fez perder uma das melhores partes da minha vida, para simplesmente acabar com ela durante o tempo que eu fui casada com você, acho que nem o pior ser humano da face da Terra merece passar pela dor que eu passei, porque não foi só uma dor física, eu sofri anos por migalhas do meu próprio marido, que havia me jurado amor pela eternidade um dia - soluçou um pouco pelas lágrimas.

- Eu realmente te pedi em namoro com o propósito de me casar com você e pegar minha parte da herança, mas quando eu dizia que te amava, eu jamais menti, eu aprendi a me apaixonar por você e ficava cada dia mais encantado. Então veio alguns dias antecedentes ao nosso casamento e o Beto, que era meu o melhor amigo na época, me lembrou do real motivo e eu me vi possesso em dinheiro e fortunas materiais e simplesmente me esqueci que o amor que eu sentia por você era maior e só percebi o meu maior erro quando você foi embora - ficaram em silêncio apenas chorando.

- Mas apesar de toda a dor, foi bom pra mim Arthur, quando eu fui embora em meio a tanta dor e sofrimento, eu aprendi que eu não era e nunca fui nada do que você me xingava, aprendi a me dar um valor que ninguém nunca deu, descobri uma força pra mudar e seguir em frente que nem eu mesma sabia que tinha - desabou ao lembrar de sua perda no acidente mas ficou calada.

- Eu sei que você tem razão sobre tudo de ruim que diz e acha sobre mim e aceito que me dê o seu ódio pelo resto da vida mas primeiro me dá mais uma única chance de te fazer feliz e mostrar que te amo?

- Não dá, não até você me provar com atitudes que realmente mudou e que todo esse amor que você diz sentir por mim é real - se olharam como se procurassem qualquer amor existente um nos olhos do outro - Acho que não tenho mais nada pra fazer aqui, avise aos outros que me senti mal e fui embora. Adeus … - se virou e se saiu correndo para atravessar a rua quando viu um carro descontrolado vindo em sua direção, já muito próximo. Não conseguia realizar qualquer movimento nas pernas e esperou o carro se chocar contra ela.

- LUAAA! - ouviu uma voz abalada por choro e se sentiu empurrada para longe do carro, caiu no asfalto somente com alguns arranhões e poucos ralados na perna, olhou ao lado novamente e viu um homem desmaiado debaixo do carro que quase a atropelou.

Oh ceús, olhou bem e viu última pessoa que ela queria ver ali.... Arthur.


Continua...






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