Arthur estava apavorado. Não acreditava no que tinha acabado de fazer. Baterá em Lua e isso não tinha perdão. Ela estava grávida de um filho seu.
Tinha a perdido para sempre. Esse era o fim.
Aquele sem duvida era o pior dia de sua vida.
Logo pela manhã ao chegar a empresa, descobriu que esta perdeu dois dos maiores investidores. Meia hora depois recebeu uma ligação informando que Lola não havia ido a escola. Ligou para sua mãe para saber o que tinha acontecido e esta informou que a menina se sentia mal e tinha sintomas de rubéola, uma doença contagiosa. Como se já não bastasse, enquanto finalmente saia da empresa percebeu que havia faltado a reunião das 11:00 e que teria que inventar uma desculpa convincente o bastante desta vez.
Uma passada no bar para aliviar a cabeça, o fez beber toda a garrafa de brandy.
Sentia dor de cabeça e seu corpo parecia amolecido. E ainda teria que ter a conversa com Lua...Céus, que caos !
Ele ficara tão bravo quando ela dera a intender que ele era um pai negligente, tão bravo que sua primeira reação foi jogar a culpa toda em cima de Dulce. Mas sabia que no fundo ela estava certa. Se ele fosse mais cuidadoso, a menina não tinha contraído vírus algum e agora não estaria com rubéola.
Talvez essa culpa, somada com o excesso de álcool e o dia péssimo pudessem explicar o motivo de sua reação a ela. No entanto ele nunca mais iria esquecer do medo medo que ela tinha em seus olhos … nem da raiva.
Ele sabia que merecia muito mais do que aquele tapa que ela lhe dera e … oh se ela ao menos fosse uma fortona de mão pesada, mas não, sua Lua tinha as mão delicadas e mesmo sendo um tapa ou um soco iria parecer mais uma caricia do que uma agressão.Diabos, como teria feito isso?!
Sentiu os pulmões arderem mas não por falta de ar e sim porque a dor em seu coração era tão grande que não cabia mais só em si.
Sentiu os olhos nublarem e a lagrimas começarem a cair.
A tinha perdido para sempre...
°°°
Sentindo o vento entrando pela janela e batendo em seu rosto, Lua jurou não chorar. Sabia que ele estava bêbado, mas mesmo assim continuava brava … magoada … humilhada.
Olhou mais uma vez no retrovisor. A marca vermelha continuava. Mas não iria chorar... E também não voltaria para a casa. Não daria o braço a torcer. Se ele quisesse a ela e o bebê, ele teria que procurá-la, pedir desculpas e estar realmente arrependido.
Dessa vez não seria tão fácil para ele, e ela não iria de maneira, hipótese ou circunstância nenhuma chorar.
Ela voltou a olhar para o retrovisor e ...Droga !Estava chorando.
Continua...
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