O vizinho do lado

                                                          Capitulo 93

Sentiu seus lábios sendo levemente pressionados, e rapidamente abriu os olhos.

- Bom dia. - a voz de Arthur era carinhosa – Dormiu bem?

- Sim. - ela disse sorrindo – Esta de saída? - ele perguntou ao vê-lo de camisa social

- Infelizmente hoje é segunda. Tenho que trabalhar. - ela fez uma careta e ele sorriu – Desculpe te acordar, mas realmente preciso saber onde colocou meu celular, minha carteira e as chaves do carro.

- OH. - ela disse corando ao lembrar que tinha lhe roubado o carro – Desculpe por ontem … - ele pousou o indicador em seus lábios a impedindo de continuar

- Depois conversaremos com calma.

- Esta em baixo da fruteira. - ele riu

- Ótimo esconderijo. - ela sorriu corando – Não faça isso … - ele alertou

- Fazer o que ? - ela perguntou confusa

- Me provocar. - ele disse serio – Juro que estou quase desistindo de ir trabalhar para ficar aqui com você, na cama … - ele disse com um sorriso malicioso – Ainda mais sabendo que você não esta usando nada mais do que este lençol.

- Arthur … - ela o repreendeu lhe jogando um travesseiro

- Tudo bem. - ele disse pegando o travesseiro – Vou indo.

Ele se inclinou para a frente e lhe beijou a barriga sobre o lençol, depois se inclinou ainda mais lhe dando um estralado beijo nos lábios.

- Tchau. - ele disse sorrindo e se levantando da cama.

A porta do quarto fechou-se e Lua continuou parada, seria... Surpresa.

Pode ouvir o barulho do carro arrancando, mas continuava parada.

O frio que tinha na barriga não passava.

Porque ele havia feito aquilo?! - ela se perguntava

Ou melhor porque ele havia feito tudo aquilo?

Se lembrava com perfeição da noite passada, ele a ninando, prometendo protegê-la … Lembrava-se do terrível pesadelo e da cada palavras que sua mãe havia lhe dito em sonho ;

“Aceite Lua, você é horrível, ninguém te quer. ” - sua mãe falava cruel - “Se eu que sou sua mãe não te quis, porque diabos alguém mais iria querer ?”

Ela engoliu o nó que se formou em sua garganta, e se levantou buscando por alguma roupa.

Não iria se abalar com os malditos sonhos … não de novo.

Também tentaria não pensar em como seria a conversa com Arthur. Afinal, estava tudo tão embaraçado e confuso que se ela parasse para tentar intender, tinha certeza que ficaria louca... 

Continua...

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