Eu estava extremamente preocupada, já passavam das nove da noite e o Arthur não chegava em casa, não atendia o telefone e nem ligava para dar qualquer notícia. Andei até a cozinha e bebi um copo d’água com pressa, voltei a sala de estar e me decepcionei ao ver que ele ainda não havia chegado. Já passava de ciúmes ou da minha possessão, era pura preocupação em saber o que tinha acontecido.
Finalmente eu ouvi o barulho do portão da garagem e coloquei a mão sobre o peito aliviada, corri até a porta e esperei Arthur a abrir. Assim que ele o fez, corri até ele e sem nem olhá-lo o abracei com toda minha força. Respirei fundo esperando sentir o cheiro de seu perfume inebriante mas o cheiro era outro, será que era bebida?
- Onde você estava Arthur? - Meus olhos já estavam inundados.
- Ah Lua, me deixa - A voz dele estava embolada e ele parecia não sustentar o peso do próprio corpo, me soltei dele e o arrastei até a sala.
- Te passou em algum momento na cabeça que eu estava preocupada com você?
- Não sei porquê, eu tô muito bem - Riu olhando pro teto. - Agora dá pra me deixar em paz um pouco? - Voltou seu olhar para mim e fechou o rosto. Comecei a chorar alto, aquele não parecia meu Arthur carinhoso e meigo, parecia o cara que eu era casada antes. - Já vai começar a chorar, será que você não pode ficar um dia sequer sem isso?
-Arthur você sabe muito bem que eu fico mais sensível na gravidez, principalmente quando eu te esperei até tarde da noite, pensando que havia acontecido algo ruim e você provavelmente estava em algum bar enchendo a cara.
- E eu estava mesmo, antes lá do que vir pra casa - Riu de novo e tentou se levantar, o que foi em vão pois ele tropeçou no próprio pé e caiu no sofá novamente.
- Será que dá pra você compreender pelo menos um pouco, eu estou grávida caramba!
- E não fez mais do que sua obrigação.
- Como é que é?
- É isso mesmo, já passava da hora de me dar um herdeiro, melhor ainda que agora você vai me dar dois. Você é minha mulher e sua obrigação é me dar filhos. - Mal percebi quando minha mão foi me encontro com o rosto dele, batendo com força. Ele iria reagir mas não tinha condição nem pra isso, de repente desmaiou no sofá e eu subi correndo para o quarto de hóspedes.
Deitei na cama pequena daquele quarto e chorei mais ainda. Certo, ele estava bêbado mas não dizem que quando uma pessoa está naquele estado não fala toda a verdade? Sinceramente, eu preferiria acreditar que tudo aquilo era mentira do que sofrer mais. Apaguei a luz do quarto e fiquei ali por horas no escuro pensando naquela noite até dormir.
Continua...
Será que Lua vai perdoar Arthur desta vez?
Só posto mais se tiver muitos comentários.
Aaaaaaaa ++++++++++
ResponderExcluirta ótimo posta mais essa web é aprendendo a reconquistar neh
ResponderExcluirHellen