- Aonde afinal estamos indo Arthur ? - Lua perguntou sentindo o coração vacilar novamente por falar o maldito nome
- Calma, chegamos. - ele disse finalmente estacionando o carro
Lua desceu sem esperar que ele abrisse a porta, e a fechou com um pouco de força, mas não ligou, afinal era seu carro e o problema era dela se ela quisesse descontar o nervosismo nele.
Arthur parou ao seu lado e lhe ofereceu o braço. Ela, como se não tivesse visto continuou caminhando com as mão enterradas no bolso.
Ele abaixou o braço e fez sinal para que se sentassem um uma mesa ao fundo.
O lugar era agradável e quente e sentaram-se um de frente ao outro.
Fizeram o pedido ao simpático e bonito garçom e voltaram a ficar a sós.
- Então ? - ela disse mordiscando um pedaço de pão – O que quer conversar?
- Na verdade eu nem sei por onde começar. - ela poder jurar que ele havia corado – Acho que um pedido de desculpa seria um bom começo.
- Desculpa de que? - ela estava começando a gostar daquilo
- Por causa daquele dia, por causa dos últimos cinco meses, por não estar perto de você como eu gostaria por … tudo Lua. Por tudo. Eu nem sei se tem perdão para as coisas que eu fiz, mas me desculpe, você não sabe o quanto eu sofri e me crustifiquei pelo dano que te causei eu … eu não devia ter feito aquilo ! - ela pode ver a agonia e o desespero em seus olhos – Foi horrível, inescrupuloso e … -ela o interrompeu
- Okey entendi. - ela forçou um sorriso – Esqueça. Já passou.
- Não Lua não passou. Céus, não sabe como eu queria te ligar, como eu queria ter coragem para fazer isso, mas eu simplesmente não tinha. Quando eu lhe dei aquele tapa, pode ter certeza que doeu milhares de vezes mais em mim do que em você pode ter certeza. Esses cinco meses foram os piores da minha vida simplesmente porque você não estava lá.
- Esta tudo bem. - ela disse agora sorrindo cinera – Passou. Não vamos mais olhar para trás.
- Me perdoe Lua, me perdoe !
- Eu te perdoo ! Agora chega de falar disso. Vamos esquecer absolutamente tudo do passado, e viver somente o presente agora, e o nosso presente é o nosso meninão. - ela disse sorrindo
- Você é um anjo Lua. - ele disse pegando a sua mão. Lua a puxou com pressa.
- A comida chegou. - alertou ela mudando de assunto.
- Aceitam beber alguma coisa ? - o garçom perguntou assim que largou os pratos
- Suco de laranja. - Lua falou primeiro
- O mesmo que ela.
- Não precisa tomar suco só porque eu vou tomar. - ela disse estranhando por ele não haver pedido vinho ou whisk
- Não tomo mais bebida alcoólica. - ele respondeu com a voz calma
Ela arregalou os olhos surpreendida.
Ele havia largado a bebida por causa dela?
Continua...
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