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"Summertime"


                                                 Capitulo 11 - Parte 2



Abri os olhos devagar ao sentir um maldito feixe de luz em minha visão. Pisquei algumas vezes, tentando retomar o foco, e encarei Arthur dormindo tranquilamente ao meu lado. Minha cabeça apoiada em seu peito ia e vinha conforme sua respiração calma e serena. Fiquei o observando por alguns minutos – Ah, vai, que garota não faz isso? – E como percebi que não acordaria tão cedo, resolvi levantar. O relógio marcava meio dia, mas a casa estava muito quieta, provavelmente todos dormiam. Eu estava com sono, mas não queria dormir. Era como se fosse perder muita coisa se não estivesse acordada. Olhei para trás e espiei Aguiar novamente, sorrindo de leve. Uma sensação boa tomou conta de mim, ele era meu. Poucas vezes em minha vida tinha tido essa conclusão. Mesmo em namoros sérios, sempre ficava totalmente desconfiada. Mas ele, por incrível que parecesse, parecia meu, e eu sabia que não queria mais ninguém. E mesmo que não tivesse nada definido em minha mente – Eu sabia que não éramos namorados ou coisa do tipo. Mas também sabia que não era coisa de uma noite só – Eu estava completa e irrevogavelmente feliz. Quem diria. Abri o armário deArthur e encarei as camisas perfeitamente enfileiradas. Peguei uma branca e uma samba canção e corri para o banheiro. Tomei um banho demorado e fiz minha higiene matinal, tudo meio arrastada. Penteei os cabelos, ainda molhados, e decidi que não iria fazer nada com eles. Meu estômago pedia por atenção, eu precisava comer alguma coisa urgentemente. Abri a porta do banheiro e Arthur estava sentando na cama, esfregando os olhos.

- Hey! – Sorri, me aproximando da cama. Ele me encarou com um sorriso enorme.

- Pode parar onde está. – Disse com a voz baixa e eu arqueei uma sobrancelha, sem entender nada.

- O que foi? – Perguntei e ele riu.

- Acabo de concluir que roupas de homens definitivamente ficam melhores em garotas. – Arthur disse e eu ri, pulando na cama.

- Como se você nunca tivesse visto uma garota com suas roupas antes... – Murmurei, me aproximando. Arthur me deitou na cama, me beijando calmamente.

- Todas as garotas não são você.

Um arrepio percorreu minha espinha na mesma hora. Sorri.

- Fico melhor do que a Andy? – Fiz uma careta e Arthur gargalhou, mordendo meu lábio em seguida.

- Precisaria de quarenta Andy’s pra chegar na metade de uma Lua.

- Você é bom nisso! – Sussurrei, derrotada, enquanto beijava seu pescoço. Arthur sorriu vitorioso.

- Você não viu nada, docinho.

Ri alto e ele levantou, caminhando em direção ao banheiro.

- Anda rápido que eu tô com fome! – Disse e ele olhou para trás, rindo.

- Se você quiser me ajudar no banho! – Seu olhar era malicioso. Taquei um travesseiro em sua direção, e Aguiar riu ainda mais ao desviar dele.

- Anda logo, seu tarado! – Desatei a rir enquanto a porta fechava.

- Tá destrancada! – Ele gritou lá de dentro. Ninguém merece esse Arthur Aguiar.

- Vai rápido, Arthur! Se você ficar enrolando eu te afogo na banheira!
Ele gargalhou.

- Psicopata! – Gritou.

- Tarado!

Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado.

- Acho que esse foi meu “Cala a boca” – Murmurei rolando os olhos e ri, ligando a televisão.

Arthur saiu do banho em pouco tempo, apenas de boxers e secando o cabelo. Como podia ser tão bonito? Dava até calafrios ficar olhando.

- Vamos tomar café? – Ele disse colocando uma bermuda e me puxou em seguida. Eu ri.

- Preciso me trocar!

Arthur fez bico e me abraçou.

- Ah não, eu gosto dessa roupa! – Ele reclamou e eu ri baixo, o apertando com mais força.

- Imagina se eu desço com a sua camisa e meu irmão tá lá embaixo? Ele infarta com dezoito anos! – Eu disse e Arthur gargalhou, concordando. – Vou até o meu quarto rapidinho, dá uma olhada pra ver se o corredor tá liberado! Tudo bem que eles vão ficar sabendo de nós logo menos, mas não precisa ser na base do choque!

Arthur gargalhou.
- Não será tão chocante assim, eu acho! O Thiago e o Micael sabem, a Ully desconfia. Só o Chay, a Soph e a Melanie vão ter algum problema com a imagem! – Ele olhou para o lado – Tudo certo, pode ir.

Dei um selinho nele, mas Arthur me prensou contra a porta e me beijou de verdade. Senti meus joelhos cederem.

- Te vejo na cozinha. – Disse rápido e saltitei para o lado de fora, antes que passasse o dia no quarto.

Coloquei um vestido rapidamente e peguei um chinelo, desci as escadas correndo e ninguém estava na sala. Arthur estava parado na porta da cozinha, sorrindo.

- Não temos comida! – Ele disse, fazendo uma careta. Meu estômago pulou.

- Tá brincando? – Disse, desanimada. Ele negou e me puxou pela mão.

- Vamos até a padaria comer alguma coisa, e trazemos uns pães para os desmaiados que acordarão mortos de fome! – Ele disse e eu ri, entrelaçando meus dedos nos dele e saindo.

Fomos andando até uma padaria e comemos vários croissants maravilhosos – Obviamente, já que estávamos na França – conversando sobre qualquer besteira e dando risada. Pagamos pães, queijo e leite para levarmos pra casa, e saímos novamente. Arthur tentava inutilmente espantar o sol daquela hora do dia com a mão, cobrindo o rosto pra tentar enxergar alguma coisa. Comecei a rir e ele me encarou.

- Isso, ria da desgraça alheia! – Ele disse e eu o virei de costas contra o sol.

Pendurei meus braços em sem pescoço e aproximei nossos rostos, ficando na ponta dos pés.

- Você é lindo. – Sorri, sem sentir nenhuma vergonha daquilo. Para uma garota que mal conseguia expressar qualquer tipo de sentimento, até que eu não estava tão ruim. Ele sorriu e largou as sacolas no chão, me puxando para cima.

- Eu gosto quando você tenta me agradar. – Ele sorriu e me beijou de leve.

- Isso vai acontecer com mais freqüência, eu acho. Pelo menos estou tentando... – Respondi, sincera, e Arthur encostou a testa na minha.

- Mesmo quando você tenta me irritar, você me agrada. Não adianta. – Ele disse e eu ri, o beijando novamente.

- Preciso de métodos melhores pra te tirar do sério, então... – Respondi num tom pensativo e Aguiar fez cara de indignado, antes de começar a rir.

- Sabe, hoje quando eu acordei e você não estava do meu lado... – Arthur parou como quem iria editar o pensamento, mas eu continuei em silêncio, e ele sorriu – Eu achei que aquilo tudo tivesse sido coisa da minha cabeça.
Pronto! Alguém me ensina a controlar essas benditas borboletas no estômago?

- Own! – Deixei escapar, fazendo Arthur rir, complemente corado. – Isso foi muito fofo, Arthur.

Ele fez uma careta.

- Você desperta meu lado gay. – Disse e eu gargalhei.

- Eu gosto de todos os seus lados. – Retruquei. – Acho que você despertou meu lado menininha... – Franzi a testa, e Arthur riu, sussurrando próximo a minha boca.

- Só espero que seu lado menininha não leve meu lado gay pra fazer compras... Isso seria demais! – Ele completou e nós desatamos a rir, antes de retomarmos o fôlego para perdê-lo de novo... Em um beijo.

- Ah Arthur, não, não!

Saí correndo em direção ao portão com Aguiar em meu encalço. Ele queria se vingar de mim. Só porque eu taquei areia nele? Que absurdo!

- Vou te jogar dentro da piscina! – Ele gritou de volta, quase rindo, e eu arregalei os olhos.

- Você não é louco, docinho!

- Você quem pensa! – Ele disse e eu gritei, abrindo o portão com força. Olhei para trás e vi Arthur largar as sacolas da padaria no chão e correr atrás de mim. – Arthur, por favor!

- Agora ela vem toda meiguinha, né? – Ele disse com a voz afetada e eu gargalhei, correndo pela lateral da casa, gritando.

Arthur me alcançou e me segurou pela cintura, me virando de frente. Fui dando passos para trás, tentando me preparar para fugir.

- E agora, docinho? – Ele me puxou para perto e eu senti minha nuca arrepiar.

- Por favor... – Pedi com a voz mais fofa que consegui, eu sabia que isso derretia Aguiar. Ele sorriu, derrotado, e me puxou para si.

Continuei andando de costas, procurando algo em que me apoiar, minhas pernas tinham a terrível mania de tremer com aqueles beijos de Arthur. Esbarrei em uma árvore e parei, separando o beijo com um sorriso no rosto. Aguiar manteve as mãos em meu rosto, então eu ouvi um barulho.

- Lua! – A voz de Sophia parecia de pânico. Arthur me encarou com um olhar calmo, como quem me incentivava a olhar para minha amiga. Sorri e me virei, e ele fez o mesmo.

Foi quando eu percebi que todos estavam ali. Sem exceção. Micael, que parecia tão em pânico quanto Soph, que estava ao seu lado. Thiago tinha uma expressão estranha no rosto, Ully parecia preocupada. Melanie estava entre a surpresa e o nojo, e eu não entendia o motivo de todo aquele desespero.
Arthur apertou minha mão com força.

- Chay, não!

Vi meu irmão sair de trás de Thiago como um flash e ouvi um grito de Sophia. Numa fração de segundo, minha mão caiu ao lado do meu corpo.
E então Arthur estava no chão.

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Continua...





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