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Aprendendo a reconquistar

                                                 Capitulo 66 e 67






Narrado por Arthur

 Acordei jogado no tapete da sala e com uma dor de cabeça absurda, flashs começaram a vir em minha memória e eu me condenei.

- Que droga Arthur, será que você só consegue fazer besteira? - Dei um tapa forte na minha própria face. - Quero ver você conseguir se sair dessa, canalha! - Outro tapa.

Fui até a cozinha e peguei um remédio qualquer para ressaca, tomei e fui até meu quarto tentar fazer com que a Lua me perdoasse, o que eu duvidava muito. Abri a porta e não a encontrei por lá, olhei no banheiro e também nada. Sai olhando quarto por quarto até achar um dos últimos com a porta fechada, porém não trancada. Olhei somente uma parte e encontrei minha princesa toda encolhida na cama. Entrei e me aproximei dela, seu rosto estava inchado como sinal de que havia chorado muito, dei um terceiro tapa em mim mesmo. Eu a amava e havia a magoado, de novo.

- Me perdoa pequena - Sussurrei baixinho. - Eu juro que não fiz por mal, eu te amo muito.

Peguei Lua no colo e a levei para o nosso quarto, tirei o vestido que ela usava e coloquei uma camisola com muito cuidado para não acordá-la, tirei minha própria roupa e tomei um banho gelado, vesti um calção e me deitei ao lado dela. Não consegui dormir, pensando nas coisas que eu havia falado, na verdade não sei porque eu disse tudo aquilo, lembro de minha mente não estar raciocinando e eu só falava coisas que não queria. Quando dei por mim já eram mais de nove da manhã, não sentia a mínima vontade de ir trabalhar.

- Como eu vim parar aqui? - Resmungava e se afastava o máximo que podia de mim.

- Eu te trouxe, não queria ficar longe de você. - Ela me olhou espantada e eu tentei me aproximar mais dela - Sobre a noite passada, me desculpa amor, de verdade? Eu juro que não disse por mal, eu tava bêbado e não falava na que queria. Por favor me desculpa Lua? Não vai embora de novo, eu não suportaria… - Mal consegui terminar a frase e caí em choro.

- Eu…eu preciso pensar Arthur, ontem não vi o meu marido que eu amo, vi o cara com quem eu me casei a anos atrás.

- Me desculpa, uma das sedes da empresa faliu, eu não sabia o que fazer e acabei tomando a decisão errada quando lembrei da bebida. Na verdade, eu sei que não presto pra nada e não mereço nada que tenho mas eu te amo e amo nossos filhos.

- Você me… Por acaso você me traiu de novo Arthur? - Desviou seu olhar do meu - Não minta para mim.

- Não, eu me lembro muito bem de tudo, jamais faria isso com você novamente. Caso isso tivesse acontecido, eu mesmo me afastaria, na verdade eu me mataria.

- E eu não sobreviveria - Rimos juntos e ela me abraçou. - Não quero que você beba nunca mais, está me ouvindo?

- Eu juro que nunca mais farei isso. Te amo demais pra arriscar te perder mais uma vez.

- Eu também te amo meu lindo, e nossos bebês também - Me abaixei na altura de sua barriga e a beijei.

- Papai ama vocês minhas vidas e a mamãe também - Senti uma movimentação no local que eu havia beijado e em seguida mais duas em outros lugares.

- Mexeram Arthur, é a primeira vez que eles mexem.

- Chutem pro papai de novo vai? - E assim aconteceu. - Acho que eles ou elas gostam da minha voz - Sorrimos e nos beijamos pela primeira vez naquele dia.



Capitulo 67



Narrado por Dulce

Em pleno sábado a tarde e eu e Arthur estávamos deitados na nossa cama abraçados e assistindo um filme qualquer, na verdade a gente mal prestava atenção.

- Estou com fome - Resmunguei pela quarta vez em três horas. Arthur não disse nada, apenas levantou e pegou uma barra de chocolate no frigobar do quarto. - Obrigada meu dengo - Lhe dei um selinho e depois devorei quase metade da barra grande, e ele por sinal só ria de mim. - Tá achando engraçado?

- O que? - Riu de novo.

- Me ver comer, você fica rindo como se tivesse ouvido alguma piada.

- Não estou rindo porque é engraçado, eu ri porque é lindo te ver comer nessa gula toda, você fica linda de qualquer jeito.

- Até comendo feito como uma pessoa que nunca viu doce na vida?

- Até desse jeito.

O puxei pra mais perto e apertei seus lábios aos meus, era impressionante como aquilo nunca me cansava, parecia que a boca dele havia sido feita para se moldar na minha. Passei meus braços por seus ombros e aumentei a velocidade do beijo, fazendo o ficar mais quente e luxuoso. Quando nós íamos avançar, o interfone tocou nos tirando a concentração.

- Deixa tocar, não deve ser ninguém importante - Voltou a me beijar e eu me afastei.

- Eu vou descer e você dá um jeito na bagunça aqui no quarto ah, e vista uma camisa também - Ajeitei minhas roupas e fui ver quem era.

Abri o portão menor e me deparei com meus pais olhando espantados especificamente para minha barriga.

- Meu Deus, você está grávida de quantos meses minha filha? - Minha mãe perguntou depois de me abraçar.

- Hoje completam dezasseis semanas - Abracei meu pai e os levei para dentro, onde se sentaram na sala de estar.

- Você já descobriu os sexos dos bebês?

- Depois de amanhã é a próxima consulta, espero que já tenha como ver - Começamos a conversar sobre minha gravidez e outros assuntos como família e trabalho até Arthur descer.

- Boa tarde senhor e senhora Blanco - Apertou a mão deles e se sentou ao meu lado - Por que não me avisou que eles viriam amor? Assim eu preparava alguma coisa.

- Nem eu sabia - Ri e ele me abraçou de lado.

- Desculpe não avisar a nossa vinda, mas a senhorita esqueceu que tem uma pais que sentem saudade e futuros avós que precisam saber como vão os netos.

- Eu não esqueci de ninguém, mas o tempo diminuiu bastante. Tem a gravidez e eu ainda me sinto enjoada, tem a editora que toma boa parte do meu dia e eu também preciso ficar com meu marido.

- Fora os desejos malucos dela, ontem ela queria feijão com molho de tomate e calda de chocolate.

- Você tá grávida de bebês de outro planeta luinha?

- Não mamãe, e o que ele me deu ontem tava uma delícia, vocês deveriam provar.

- Aposto que se eu te entregar aquela gororoba agora, você vai vomitar antes de comer. - Ri e nos beijamos, rápido mas foi um beijo.

Era lindo como agora que as coisas estavam bem, nós não precisávamos fazer qualquer esforço para provar felicidade, simplesmente a tínhamos nas nossas mãos e qualquer pessoa enxergava de longe.






Continua...






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