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Aprendendo a reconquistar

                                         Capitulo 69 e 70




Narrado por Arthur

Minha princesa havia dormido no sofá deitada em cima de mim, senti sono e desliguei a televisão com o controle, ainda não era muito tarde mas como era domingo eu teria que acordar cedo no dia seguinte. Peguei Lua no colo e a levei até nosso quarto, quando estava tirando seu short ouvi ela resmungar.

- Eu ainda tenho que tomar banho amor. - Se sentou esfregando os olhos e bocejando.

- Tá com preguicinha é?

- Estou com sono mas eu preciso ir.

- Quer ajuda? - Levantei uma sobrancelha com cara de sapeca e ela riu.

- Quero que você me dê um banho, não que me ataque com segundas, terceiras e quartas intenções.

- Tudo bem, eu prometo que não faço nada, a não ser que você queira - Ajudei a tirar sua roupa, resistindo a tentação de ver aquele corpo que mesmo abrigando dois bebês continuava lindo. A levei para o banheiro e a coloquei de pé no box, tirando minha própria roupa em seguida.

- ARTHUR!

- Quer que eu molhe toda a minha roupa? - Ela negou. - Então não há motivos para eu continuar com ela, além do mais eu gosto de sentir a água quente cair sobre nós dois abraçadinhos. - Colei meu corpo ao dela por trás e liguei o chuveiro.

- Você disse que iria me ajudar, não que vai tomar banho comigo - Riu e me deu um selinho.

- Dá na mesma pequena - Me concentrei em beijar seu pescoço e em seguida comecei a passar a esponja com sabão por suas costas e pernas. - Você é tão linda.

- Eu amo você Arthur - Fiquei de frente para ela e olhei em seus olhos, que mesmo com água caindo eu conseguia ver perfeitamente o brilho que neles existia.

- Eu te amo senhora Aguiar - Beijei sua boca e iniciamos um beijo calmo e lento, que aos poucos foi ganhando velocidade.

- Quero você - Murmurou entre beijos e eu sorri.

Me posicionei entre ela e nos amamos intensamente até o cansaço do corpo prevalecer. Quando terminamos, enrolei Lua em uma toalha e coloquei outra ao redor da minha cintura, fomos abraçados até o closet, onde nos vestimos e nos deitamos abraçados na cama.

- Acho que tem alguém chutando - Olhei sua barriga e novamente meus dois bebês pareciam estar em festa.

- Não dói?

- Sinto um certo incomodo mas vale a pena. - Voltei a prestar atenção nos chutes e beijei todos os lugares por onde eles passavam. - Você vai na consulta amanhã?

- Nunca perco nenhuma.

- Então dá um jeito de ficar fora da empresa de manhã, a consulta está marcada para nove e meia mas temos que chegar mais cedo.

- Não tem problema - Vi ela se aconchegar no meu peito e fechar os olhos. - Boa noite amor.

- Boa noite meu príncipe.



Capitulo 70



Narrado por Lua

Estávamos na recepção da clínica esperando a médica me chamar. Minhas mãos tremiam um pouco e Arthur tentava me transmitir segurança em um abraço apertado.

- Calma meu amor, vai dar tudo certo.

- Eu sei amor, mas é que sempre bate uma ansiedade de saber como nossos bebês estão.

- Eles estão bem e saudáveis ai dentro, eu tenho certeza - Me deu um selinho e voltou a me abraçar.

Ouvimos uma mulher falar meu nome e nos encaminhamos até o consultório, abri a porta e a doutora nos convidou a sentar na cadeira em frente a mesa dela.

- Olá - Nos cumprimentou e levou a atenção ao meu ventre - Vejo que sua barriga cresceu bastante desde nossa última consulta.

- Sinto-me cada dia mais obesa.

- É normal se sentir assim em uma gravidez de gêmeos.

- Semana passada eles começaram a chutar.

- E eles chutam muito?

- Geralmente quando escutam a voz dele muito próxima - Apontei para Arthur.

- Dá licença amor, meus filhos me amam - Se gabou e todos rimos.

- Precisamos fazer a ultrassom, acho que hoje já vamos poder ver ao menos um dos sexos - Assenti.

Fiz o que ela me pediu, tirei minha roupa e vesti o que ela me entregou, como da primeira vez eu vim. Me deitei no leito e senti aquele gel gelado na minha barriga acompanhado do aparelho que ela passava.

- Hoje estão contribuindo, ambos estão com as perninhas abertas.

- E o que são doutora? - Arthur perguntou com lágrimas e apertou forte minha mão.

- São duas menininhas de placentas diferentes.

- Como você queria Arthur, duas princesinhas - Lhe dei um selinho rápido e limpou com as costas da mão algumas lágrimas que escorriam por meu rosto.

- Serão lindas como você.

- Querem ouvir os coraçãozinhos? - Afirmei.



TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM,TUM….



Por serem duas eram sons acelerados e altos ecoando por todo o consultório, mesmo sendo a segunda vez que eu ouvia não deixava de ter emoção, eram duas vidas que se desenvolviam dentro de mim.

Depois que terminamos a ultrassom, recebi algumas orientações e cuidados que eu teria que tomar, vesti minha própria roupa novamente e saímos da clínica mais felizes do que jamais estivemos.



Continua...








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