O vizinho do lado

                                               Capitulo 100

- Ótimo. - Rony disse quando passou uma espécie de gel na barriga de Lua.

Lua fechou os olhos e fez uma careta pelo gel ser gelado.
Logo a médica deslisou o pequeno aparelho sobre seu ventre e ela rapidamente abriu os olhos, quando barulhos estranhos foram ouvidos no amplificador ligado ao estetoscópio.

- É o estomago dela. - Rony esclareceu – Parece que alguém não tomou café da manhã. - disse em tom de repreensão.

Lua corou sorrindo e virou a cabeça para ver se Arthur também estava rindo.
Sua respiração falhou quando encontrou o par de olhos castanhos intensos. Quando ele tinha chegado tão perto?

Arthur encontrava-se a seu lado, inclinado sobre a maca, com o resto a centímetros do dela.

- Vejam o que nós encontramos … - a médica disse quando os barulhos se intensificaram

Lua virou o rosto para a tela, quebrando enfim o encanto.
Na tela a imagem nublado em preto e branco de um bebê e o barulho de um coração acelerado.

- Meu bebê … - ela sussurrou com os olhos marejados de tamanho deslumbramento e felicidade – Esta tudo bem ? O coração não esta batendo rápido de mais ?

- Esta tudo ótimo Lua. - a médica garantiu enquanto continuava a deslizar o aparelho, e ela arriscou um olhar para Arthur.

No olhar dele – que parecia grudado na tela -, ela identificou o mesmo deslumbrado e grau de felicidade. Nos lábios um sorriso verdadeiro. Sorriso que fez Lua se sentir um tanto culpada.

- Até que enfim esse neném resolveu terminar o mistério. - Lua voltou a olhar a tela sorrindo – O que você acham ? É menino ou menina ?

Lua e Arthur se entreolharam sorrindo, mas continuaram calados.

- Acabe logo com esse suspense que esta me matando droga! - Lua disse respirando fundo.

- Tudo bem. - Rony disse desligando o aparelho e limpando a barriga de Lua com uma toalha - Parabéns, vão ser pais de um garotão saudável e forte. É um menino!

- Oh. - Lua exclamou levando a boca e sentindo a primeira lagrima rolar por seu rosto. Olhou instintivamente para Arthur e este parecia tão emocionado quanto ela.

- Um menino Lua ! - ele exclamou e a abraçou com força.

Ela podia ter o empurrado, claro que podia, mas não conseguiu. Apenas o abraçou de volta, enquanto seu garotão lhe dava um forte chute na barriga. 
Chute que Arthur pareceu perceber, pois se afastou do abraço sorrindo e lhe beijou a barriga falando com orgulho um “meu garotão” !

Continua...

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