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"Summertime"

                                                      Capitulo 11




Who could deny these butterflies?

Lua’s P.O.V mode ON

Senti meu corpo estremecer quando Arthur acabou de vez com o espaço seguro que tínhamos entre nós. Suas mãos se embrenharam em meus cabelos e o toque gentil de sua língua na minha quase me fez ter um colapso. Alguém me explica se um coração pode bater tão forte assim? Espero que possa, porque eu sou muito nova pra morrer. Foi o suficiente para saber que tudo o que eu precisava era estar ali, nos braços dele. Ninguém nunca me faria sentir daquela forma, mas o docinho não precisava ficar sabendo disso. Talvez só um pouco, vai. Ele merece.

- Por quê você demorou tanto? – Arthur sussurrou com a boca quase colada na minha, e eu abri os olhos devagar, encarando os dele bem próximos. Sorri ao perceber que ele estava ansioso. ArthurAguiar podia ser fofo, que gracinha!

- Assim que você saiu do banheiro, eu já tinha tomado minha decisão. Eu teria chegado aqui em cinco minutos ou menos – Sorri tímida ao ver o enorme sorriso que estampava o rosto de Aguiar – Só que meu irmão me viu, e começou a me dar uma puta bronca!

Rolei os olhos ao lembrar da cena. Arthur riu baixo e sentou, ainda me mantendo em seu colo, e eu acabei ficando com uma perna de cada lado de seu corpo.

- Bronca? – Ele sorriu maroto e eu mostrei a língua.

- Hot’n’Cold numa mesa de sinuca pode agradar a muita gente, mas o Chay tende a ser um pouco ciumento com a irmã, se é que você me entende... – Respondi olhando pras unhas e Arthur gargalhou. Eu adorava aquela risada.

- Tá certo, tem que cuidar da irmãzinha! – Arthur disse com um olhar malicioso e eu gargalhei de verdade. Num movimento rápido, me deitou na cama e me prendeu entre seus braços. – Sabe quantos marmanjos podem querer se aproveitar dela nessa Riviera? – O estapeei e nós dois rimos.

- Babaca... – Murmurei, rolando os olhos. Arthur riu mais alto.

- O Chay demorou tudo isso pra te dar bronca? Caralho! – Ele disse beijando meu pescoço e eu segurei o riso, ponderando contar ou não a outra coisa que me manteve mais tempo lá embaixo.

- Na verdade... – Mordi o lábio mudando de ideia. Ele não precisava saber. 

Arthur mordiscou o lóbulo da minha orelha e eu apertei seu braço com mais força.

- Na verdade... – Ele me incentivou, ainda beijando meu pescoço, e eu não sabia se respirava ou tentava falar alguma coisa. Minhas unhas começaram a apertar em seu braço com um pouco mais de força que o necessário, e ele não parecia se importar com isso. Beijo no pescoço é maldade, Aguiar.

- Um idiota me parou lá embaixo – Comecei a dizer, com a voz fraca. Percebi que os beijos de Arthur cediam a medida que ele ia ouvindo a historia. – Ele... Gostou de me ver dançando.

Pronto. Arthur apoiou seu corpo nos braços e afastou o rosto do meu. Sua expressão era indecifrável, mas ele não disse nada, então presumi que queria que eu continuasse falando.

- É ele... – Parei o puxando pra mais perto, mas Aguiar continuou imóvel. Merda. – Estava bêbado e veio falar alguma coisa, mas o Thiago deu um jeito nele.

- Dar jeito? O que ele fez? – Vi a expressão de Arthur se contorcer em raiva e engoli seco. Eu e minha boca grande. Acariciei seu braço devagar e o puxei pra mais perto, roçando meu nariz em seu pescoço. Vi sua pele arrepiar e sorri. – Lua!

Ele me advertiu, mas eu encostei meus lábios devagar ali, soltando meu hálito quente. Arthur cedeu e passou a mão pelas minhas costas, me apertando com força.

- Me fala... – Sua voz era quase um sussurro. Ri baixo.

- Ele queria algo mais né, Arthur... – Senti seu corpo enrijecer, e antes que dissesse algo, colei meus lábios no dele e percebi cada músculo de se braço – Incrivelmente fortes, por sinal – Relaxarem. Como ele era gostoso! Tá, sem vocabulário chulo nesse momento! Arthur me apertou com mais força contra seu corpo e eu tinha a impressão que nada mais me obedeceria, minhas mãos pareciam perder o rumo em suas costas e ele me segurava com tanta força que parecia que ia fundir nossos corpos em um só.

- Eu deveria estar lá pra quebrar a cara dele... – Ele murmurou e eu tentei rir, sem força alguma.

- Ninguém quebrou a cara dele. Ele só foi convidado a se retirar depois que não aceitou minha resposta... – Murmurei e Arthur me encarou nos olhos, tomando uma distância mínima, mas que parecia gritante. – Eu disse pra ele que eu estava acompanhada.

Senti minhas bochechas arderem absurdamente. Como eu podia ser tão ridícula? Arthur acariciou meu rosto e sorriu, aquele sorriso que faz qualquer garota desmaiar, e que eu fingia inutilmente que não surtia efeitos maiores em mim. É claro que surtia. Talvez mais em mim do que nas outras.

- Acompanhada? – Ele disse com uma voz idiota e eu ri de verdade.

- Foi o que você disse quando saiu do banheiro e me deixou com cara de nada, não? – Respondi rapidamente e ele gargalhou.

- Cada dia mais surpreendente, docinho!

Um calor repentino tomou conta de mim ao ouvir o famoso apelidinho sem vergonha. O mais engraçado era que dessa vez, eu tinha gostado. Não tive necessariamente tempo pra pensar em nada,Arthur já estava tentando me matar do coração de novo. Senti o beijo calmo se transformar em algo mais intenso, mais quente e irresistível. A maneira com que suas mãos se moviam era delicada e ao mesmo tempo desesperada. Mordi seu lábio devagar na medida que minha respiração ficava um pouco mais alta que o normal, e Aguiar deu um gemido baixo. Tive vontade de rir, mas me segurei enquanto ele apertava com força o lado das minhas coxas e me fazia ficar presa entre suas pernas. A pressão de seus lábios contra os meus era quase furiosa, mas não é como se estivéssemos perdendo algum toque. Era como simplesmente nossos corpos pedissem por mais, como se tivéssemos esperado tempo demais. Talvez aquilo fosse verdade. As mãos de Arthur subiram por baixo da minha blusa, a puxando devagar para cima. Parei o beijo, completamente ofegante, e ri baixo. Vi as bochechas de Arthur ganharem um tom rosado e sorri.

- Rapidinho você, hein?

Arthur riu alto e puxou a blusa para cima, deixando meu sutiã preto a mostra.

- Eu já acho que demorei demais... – Ele disse, a voz rouca e arrastada perto do meu ouvido, enquanto dava beijos suaves ali. Senti
 meu corpo inteiro estremecer, e concordei inutilmente, rindo baixo.

- Pervertido.

- Como sempre, realista. – Aguiar gargalhou.

- Não deixa de ser verdade.

Respondi e Arthur me encarou nos olhos, um sorriso quase infantil no rosto. Como uma criança que vira os presentes de Natal embaixo da árvore. Simplesmente lindo.

- O que foi? – Perguntei, um sorriso igualmente idiota nos lábios.

Arthur chacoalhou a cabeça, e voltou a beijar meu pescoço, dando a entender que não iria dizer nada. Gemi.

- Arthur Aguiar! – Ele riu ao ouvir o nome completo e me deitou de volta, acariciando meu rosto.

- Isso vai soar estúpido... – Arthur fez uma careta, o que só me deixou mais curiosa.

- Fala, vai! Por favor... – Pedi, a voz fofa, e ele arqueou uma sobrancelha.

- Eu só não consigo acreditar que... Que eu consegui ter você.

Um sorriso se estampou em meu rosto e eu senti meu coração bater mais forte gradativamente. Arthur sorriu junto comigo, e me beijou, dessa vez devagar e delicadamente, o que só fazia meu cérebro girar e meu corpo responder sozinho a cada toque. Comecei a desabotoar sua camisa, sem me desfazer do beijo, e ele a jogou para longe. Os beijos de Aguiar começaram a fazer um caminho pelo meu pescoço e busto, enquanto suas mãos já buscavam os botões da minha calça. Tentei fazer o mesmo com a dele, mas era complicado demais para me concentrar enquanto ele me torturava com beijos no pescoço. Gemi em protesto e ele riu, me fazendo sorrir vitoriosa quando desabotoei a calça e a empurrei com meus próprios pés pra longe. Observei seu corpo coberto apenas pelas boxers pretas e mordi o lábio. Não demorou muito para que Arthur de desfizesse de meu sutiã, que tomou o mesmo rumo que as demais peças que eu vestia. Eu o beijava no pescoço muito mais ferozmente do que podia calcular, tinha certeza que algumas marcas sobrariam por ali. Arthur soltou um braço das minhas costas e começou a tatear a mesinha do lado, derrubando alguns objetos que pareciam fazer muito barulho quando tocavam o chão. Ri baixo do desespero dele. Seu olhar encontrou o meu enquanto nos livrávamos das últimas peças de roupa que estavam entre nós.

- Hey. – Suspirei. Ele me encarou, o olhar tão fixo no meu que parecia poder ver através deles.

- O que foi, linda?

- Eu acho que gosto um pouquinho de você. – Murmurei e Arthur gargalhou. A melhor risada que eu podia ouvir, que me fazia estremecer. Ri junto.

- Só um pouquinho? – Ele sussurrou, encostando a testa na minha.

- É. – Respondi, a voz fraca.

Ele sorriu.

- Acho que podemos trabalhar nisso, docinho.

Assenti, sem forças pra dizer mais nada, com um sorriso no rosto. O olhar de Arthur no meu, o corpo dele no meu, era algo inexplicável. Nunca poderia ser dito em palavras, ele era só meu e eu erasó dele. Dentro das nossas loucuras, brigas, dentro do nosso mundinho impenetrável. Algo só nosso, que nem nós mesmos éramos capazes de entender.
Em nenhum instante pensei em negar aquele momento. Com ele era tudo completamente diferente. Era melhor, muito melhor. Nada parecia precipitado, parecia certo, e isso fazia toda a diferença. Senti o corpo pesado e suado de Arthur cair sutilmente sobre o meu. O coração dele batia tão forte que eu sentia em mim. Ou talvez o contrário, não faço idéia. Respirei fundo, tentando sair do êxtase do qual eu estava, mas foi inútil. Arthur me puxou para si e apoiou minha cabeça em seu peito, mexendo em meu cabelo.

- Isso foi... – Ele começou. Interrompi.

- Shhh. – Dei um selinho longo nele – Não estrague o momento.
Ele riu.

- Essa frase é minha.

- Você é meu nesse momento, logo, suas frases me pertencem. – Disse baixo e Arthur me encarou, rindo.

- Eu não sou seu só nesse momento.

Sorri, mesmo contra todo o cansaço que consumia meu corpo. Meus olhos estavam fechando.

- Eu acho que fui sempre sua. – Respondi, encarando-o nos olhos em uma distância mínima. Arthur acariciou meu rosto e me beijou suavemente.

- Você gosta um pouquinho mais de minha agora? – Ele disse com a voz baixa, e eu ri um pouco mais alto.

- Um dia você chega lá, meu bem. – Provoquei e Arthur gargalhou, me puxando pela cintura.

- Eu não te mereço, docinho!

Ri e mordi seu ombro, deixei que meus olhos se fechassem, sentindo o cheirinho bom que vinha de seu pescoço.

- Boa noite, linda. – Ele sussurrou.

- Boa noite, docinho. – Eu ri.

Achei que fosse capotar logo em seguida – Minhas pálpebras estavam pesadas, meu corpo estava mole – Mas não foi isso que aconteceu. De repente, uma lembrança veio em minha mente e eu comecei a rir. De início, tentei me conter, mas depois comecei a rir alto demais. Arthur apoiou o corpo em um braço e me encarou nos olhos.

- Lu, tá maluca? Vai acordar a casa toda! – Ele disse, segurando o riso. – O que foi?

Eu não conseguia falar. Arthur começou a rir junto e isso só piorou minha situação.

- O que foi? – Ele repetiu, me chacoalhando, e eu percebi que estava extremamente curioso. Tentei recuperar o fôlego.

- Você... Você se
 lembra... Do dia que eu espalhei pro colégio que você era um broxa?

Dessa vez Arthur riu alto demais, então eu joguei o edredon por cima de nossas cabeças, numa tentativa inútil de abafar o som.

- Eu lembro! – Ele dizia entre risos.

- Quem diria hein? Eu estava tão errada! – O encarei com um olhar malicioso, mas pouco via seu rosto embaixo do edredon. Aguiar me puxou pra perto.

- Aposto que você queria provar... – Ele disse, presunçoso, e eu dei um tapa em seu braço – Outch! Você é má comigo, Lua!

Ri alto e o beijei, depois beijei algumas vezes o lugar onde havia estapeado. Arthur suspirou, tirando o edredon de nossos rostos.

- Posso perguntar uma coisa? – Arthur disse baixo, mexendo no meu cabelo. Sorri, assentindo. – Você começou a me odiar por causa daquela maldita casa na árvore, huh?

Franzi a testa e busquei uma casa da árvore na minha memória. Depois sorri.

- Não, acho que não. - Aguiar pareceu confuso, mas antes que dissesse algo, eu continuei. – Acho que sei o que você está pensando. Mas na verdade, eu fiquei brava com você na época porque... Porque você roubou meu irmão de mim.

- Que? – Arthur arregalou os olhos, quase rindo.

- É. – Eu ri, me sentindo uma idiota – O Chay me ignorava perto de você. Ele não fazia isso com o Thiago, porque o Thiago gostava de mim. Você só era um dos garotinhos idiotas que achavam que não podiam conviver com meninas. Isso me deu raiva.

- Own, que gracinha! – Arthur disse com a voz afetada e eu ri – Como a gente é idiota, não é? Em pensar que eu poderia... Que a gente poderia... Sabe, antes.

Sorri e beijei sua bochecha.

- O tempo não diz nada, Arthur. Talvez se fosse antes, não seria tão bom quanto agora.

- Você tem razão... – Arthur dizia, quando me viu bocejar. Ele riu baixo. – Mas depois a gente co
nversa sobre isso. Sonha comigo, pra ficar menos constrangedor...

Sorri e ele beijou minha testa.

- Vou sonhar. Boa noite, lindo.




Continua...





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