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Aprendendo a reconquistar - Penúltimo Capitulo


                                                            Capitulo 80



Narrado por Lua.

Se passou tudo muito rápido, aplicaram anestesia em mim e pediram pra eu fazer muita força assim que as contrações viessem, na primeira acho que quase quebrei a mão do Ucker com tanta força que eu fazia e nada. Na segunda a doutora disse que já podia ver a cabecinha de uma delas e que eu deveria continuar, na terceira (essa foi a pior), senti algo atravessando minha vagina e fiz mais força ainda. Um alívio e felicidade percorreu meu corpo ao ouvir um choro agudo ecoar pela sala, a enrolaram em uma manta e a colocaram em meus braços, ainda cheia de sangue. Era menor que os outros bebês recém-nascidos e seus olhinhos eram azuis, como os da minha mãe.

- Olha Arthur, ela é linda - Sorri para ele e o mesmo devolveu o sorriso.

- É perfeita. - Tiraram ela do meu colo e a levaram para um canto onde pude ver que mediam seu tamanho peso e marcavam a hora do nascimento.

- Ainda falta uma Lua, tá pronta?

- Mais que isso - Dessa vez apertei o pulso do Arthur, meu nervosismo já havia diminuído e eu só pensava em ver como seria a próxima.



Repeti os mesmos procedimentos, porém dessa vez não doeu tanto. Na quarta contração senti a mesma coisa que antes, a mesma dor e as mesmas palavras de que a cabeça estava saindo. Minutos depois pude ouvir um chorinho pela sala, era agudo mas não muito parecido com o outro. Me entregaram e eu pude ver seu rosto, os olhos eram castanhos e pude ver alguns traços de Arthur.

- É tão lindinha como a irmã. - Arthur disse sorrindo e me deu um selinho demorado.

- Se parece com você. - Pegaram-na e me deram a primeira já sem sangue e limpinha, ainda vestida em uma manta - Essa vai ser a Charlotte.

- Vou na recepção avisar a todos que nasceram e pegar as bolsas pra podermos colocar uma roupa melhor. - Saiu e depois eu desmaiei na cama, meu corpo não respondia por mim e o cansaço era maior.



[…]



Acordei já em um quarto cheio de gente me observando, ali vi meus pais, meus amigos, meus sogros, meus cunhados e Arthur que estava segurando as gêmeas nos braços, todo babão, tentando brincar com as duas.

- Olhem minhas lindas, a mamãe já acordou. - Todos olharam para mim e a maioria me deu parabéns pelas meninas lindas. Peguei as duas no colo e reparei nas pulseirinhas douradas com os nomes, Charlotte e Estrella. Abaixei a roupa que eu usava, deixando meus seios a mostra. Cada uma delas, abocanhou um e eu quase chorei de dor, mas era uma cena tão bonita que eu acabei resistindo.



Algumas horas depois a maioria foi embora e só sobramos, eu e Arthur. Aproveitei que tinha conseguido fazer minhas filhas dormirem e fui tomar um banho rápido, quando terminei vesti um pijama confortável e me sentia extremamente bem, apesar de estar gorda e um pouco inchada ainda, mas nada que academia não resolvesse.

- Você se saiu muito bem hoje amor, acho que se fosse eu não conseguiria - Ri fraco com as palavras dele.

- E me desculpe por falar tanto palavrão, besteira e xingamentos, você não merecia.

- Só espero que aquela parte de nunca mais encostar um dedo em você seja mentira.

- Eu disse isso? - Ele afirmou e nós rimos. - Eu não conseguiria ficar sem seus toques. - Beijou as costas da minha mão e em seguida minha boca, começando um beijo lento e doce.

- Eu amo você, muito.

- Eu também te amo, e não é pouco.






Continua...







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