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Nanny Blanco - Capitulo 5








Dois meses. 61 dias. Esse era o exato número de tempo em que eu estava vivendo em Boulder, Colorado. Como a babá de Kaylie Aguiar. Filha de Arthur Aguiar, um deslumbrante e milionário empresário. Fazia dois meses que minha vida tinha mudado em tamanho, número e grau.

A dois meses atrás eu deveria estar em um hospital, servindo pela minha bolsa cardiotorácica, com meu namorado e vivendo em um apartamento duplex no Rio de Janeiro. Agora, eu estava vivendo em um quarto maior que meu antigo apartamento, dedicando meu dia a cuidar da pequena Kaylie, e completamente atraída pelo chefe. Sinceramente, depois de três dias eu achava que aquela atração por Arthur passaria de tal forma que seria facilmente esquecível. Que se apagaria da minha mente. Mas a medida que o tempo passava, eu sentia maior necessidade de quebrar aquela linha que separava qualquer contato. Era simples e pura atração. Apenas aquilo.

Em dois meses, tornei-me mais próxima de Arthur, mas ainda sentia aquela linha tênue entre patrão e empregada que se empregava entre nós, onde o respeito berrava a medo. Com Kaylie era totalmente diferente, aprendi a amar a garota em menos de um dia. Ocorrera o mesmo em relação a Chay, Micael, a Melanie e a Sophia. Que rapidamente tornaram-se um dos melhores amigos as quais eu poderia ter. Chay fazia o tipo de palhaço, descontraído, nunca perdia a oportunidade de fazer piada. Micael era centrado, focado e determinado, sempre preocupado com a saúde Mel, que berrava em seus sete meses de gravidez. A Sophia era bonita, romântica e carinhosa, sempre procurando manter as situações em um ritmo leve. Parecida com Chay.

Enquanto Arthur, ao mesmo tempo em que nos conhecíamos, parecia que ficávamos mais distantes, aquele mistério que emanava dele. A gentileza, a simpatia, parecia tangível. Fraca. Eu queria mais. Mesmo sabendo que não poderia.

Meus pensamentos foram cortados com o som do meu celular tocando – o que tive que comprar depois de meu primeiro salário – era Arthur.

— Arthur? — Perguntei, fitando minhas unhas.

— Hey, Lua. Preciso que arrume Kaylie de forma apresentável depois do treino, tudo bem? Teremos um jantar importante. Quero-a pronta as oito.

— Tudo bem — Concordei, lembrando-me que tinha que buscar Kaylie na aula de natação. A qual Arthur ainda insistia que ela fosse aos sábados.

— Obrigado, tchau — E ele desligou, simples assim. Simpático e frio.

Francamente, aquela bipolaridade de Arthur me dava vontade de atirá-lo pela janela do terceiro andar. O melhor, atirar-me de lá era a melhor solução, visto que eu acabaria com aquela tortura que era a falta de sexo.

Bufei irritada e levantei, passando uma escova nos cabelos antes de calçar as botas para buscar Kaylie. Caminhar até a escola de natação era um saco, apesar de que Arthur tinha se certificado de deixar tudo próxima a casa. Eu estava economizando dinheiro para tirar carteira, já que eu não pudia ligar para o Joseph toda vez que quisesse sair.

Cheguei um pouco atrasada – como o normal – na escola e Kaylie me esperava sentada nos primeiros degraus. Ela parecia um duende com aquela toca de natação da barbie e os óculos de piscina, visto que ela tinha orelhas parecida com as do dumbo. Oh, maldita genética.

— Porque ainda tá com essa roupa? — Perguntei, pegando a sua mochila.

— Preguiça — Eu já mencionei que ela pegou umas manias minhas?

— Vamos para casa, seu pai quer que eu te arrume para um jantar — Os olhos de amendoins dela se arregalaram e ela parou de andar — Que foi?

— Mal sinal, Lua. Papai só quer que eu me arrume para o jantar quando ele traz aquelas moças feiosas para casa.

— Quê?

— É, temos que fazer alguma coisa, vamos.

Kaylie começou a correr e eu não tive escolha a não ser ir atrás. Quando chegamos em casa, eu estava tendo quase um ataque epilético. Caramba, a minha má disposição combinada ao sedentarismo não estava me ajudando.

— Kaylie, queridinha, eu não tenho mais idade para isso.

— Para de reclamar, temos um caso de emergência aqui — Ela começou andar de um lado para o outro, com a mão no queixo — Você tem um bisturi?

— Kaylie, me lembre de não deixar você ver Chuck as dez horas da noite.

— Isso é sério, Lua. Eu sou quase uma pré-adolescente, irei fazer oito anos em cinco meses, não posso deixar papai interferir no meu crescimento.

— Me lembre de trancar o Home Channel da tua TV, também? Você fala com uma garota de dezoito anos, não é saudável para minha sanidade mental.

— Quando você se der conta de que ele está trazendo uma mulher para cá, me procure.

E a pimpolha arrancou a mochila de meus braços e subiu as escadas a passos pesados. Soltei uma gargalhada e liguei a TV da sala, enquanto pensava no que Kaylie havia dito, sério, Lua? Apenas porque ele pediu para que Kaylie estivesse apresentável para o jantar, não quer dizer que ele traria uma mulher para casa, Kaylie era uma verdadeira porquinha durante as refeições. Confesso que em parte era minha culpa, visto que eu a ensinei a fazer montinhos de arroz e transformar os canudinhos em alvo com o papel toalha.

Ele não estaria encontrando ninguém. Quer dizer, ele é rico, jovem, solteiro e atraente. Droga, porque ele não sairia com alguém? Puta merda.
Corri em direção ao quarto de Kaylie, a mesma estava sentada sobre a poltrona em frente ao computador, com os braços cruzados e os cabelos molhados caindo no roupão. Kaylie ainda não havia parado com a ideia de me imitar, então desde então eu tenho que fazer babyliss nela a noite.

— Percebeu? — Ergueu a sobrancelha, outro traço meu.

— Pode ser uma possibilidade. Mas você não pode fazer nada — Ela gargalhou
— Me siga — Kaylie estava parecendo aquelas mini psicologas dementes e isso estava começando seriamente a me assustar.

Desde que o Arthur colocou dez canais educativos na TV dela, ela passava horas assistindo a aulas de educação infantil e treinamento cerebral, vou culpar Arthur se a filha dele se tornar uma leiga social no futuro e acabar vivendo com dez gatos e virgem.

Enfim, Kaylie me levou até seu closet – que era do tamanho do meu quarto – e caminhamos até a um armário de brinquedos, ao qual ela abriu. Ela retirou uma cacha rosa de papelão e me entregou, a segui até o quarto e larguei sobre a cama – agora que ela estava na fase culta + cover da Lua Blanco, a gente pintou as paredes de azul cristal e trocou os móveis fofos por de “pré-adolescente”, nas palavras dela. Vai entender criança – abri a caixa, apenas para me deparar com diferentes barbies. Todas estavam usando vertidos pretos, os cabelos massacrados de formas diferentes e os rostos pintados, e sobre o vestido havia nomes. Deus, Kaylie era uma verdadeira mini sadomasoquista. Eu tinha que parar de deixar ela ver filme de terror, a garotinha tava se transformando no projeto de http://xn--meninam-nwa.com.


— O que é isso, Vandinha Adams? — Ela me deu um sorriso.

— Essas são as cento e vinte mulheres que consegui expulsar da vida de papai desde meus quatro anos de idade. Tenho mais duas caixas, estas trinta foram só esse ano — Soltei uma risada.

— Você é uma pequena maligna, se eu não te conhecesse diria que você é irmã daquela menina do filme da Órfã.

— Essa mulher não sabe onde está se metendo.

— Kaylie, você não faria nada que a machucasse, certo? — Pergunto.
— Depende do grau de machucado.

— Sinceramente, melhor ser sua amiga, viu?

Reviro os olhos e dou um beijo em sua testa. 

— Vamos comer — Digo, eu e Kaylie descemos as escadas e preparamos um sanduba de três andares para cada. Uma coisa que descobri em dois meses é que Kaylie tinha a fome de jogadores de futebol americano. A garota era sócia do McDonalds, não duvidada se o Ronald viesse fazer uma visitinha pra ela.

Por volta das sete da noite, mandei Kaylie para o chuveiro e escolhi uma roupa para ela, deixado sobre a cama e voltado ao meu quarto para tomar meu banho, apesar de saber que não participaria do jantar. 
Quando voltei, usando shorts e moletom, me deparo com a cena mais enfadonha do planeta. Kaylie Aguiar, a princesinha nerd do papai estava usando uma capa gótica preta, um vestido coberto por caveiras e um coturno infantil, anéis articulados, a boca pintada de roxa e spike nos pulsos. 

— Sabe quando eu disse que você era a Vandinha Adams? Agora eu confirmo.

— Gostou? — Ela disse, dando uma voltinha.

— Se teu plano é assustar a mulher, parabéns... Mas tira essa coisa.

— Eu vi no Google que góticos tem mais probabilidade de serem presidentes;
— Bem... Google mentiu para você — Disse, colocando as mãos na cintura.

— GOOGLE NUNCA MENTE — Ela gritou.

— Tá, tanto faz, tira essa roupa, esta me apavorando.

— Não — Ela cruzou os braços.

— Quer saber? Que seja, se teu pai brigar contigo, não coloca a culpa em mim, já passamos do Halloween, Vandinha. 

— Lua, eu vou precisar da sua ajuda — Os olinhos de amendoins brilhando.

Uma das infalíveis táticas de Kaylie era olhar-me com aqueles olhos enormes e achocolatados. E pronto, ela tinha o que queria.

— Nem pensar.

— Luaaaaaa — Ela fez beicinho. 

— Depende — Ela pulou e bateu palminhas.

— Tenho que te levar em um lugar.

A Vandinha me puxou pela mão e me levou até o primeiro andar, mais precisamente para a sala de jantar. Onde soltou-me e caminhou até a parede, onde havia um vazo enorme de flores. Kaylie empurrou a planta e tateou algo na parede, até que conseguiu empurrá-la para o lado. Arregalei os olhos. É uma mafiosa. Kaylie me puxou pelo braço e adentrou a parede, que na verdade era uma vácuo que levava por uma escada, até uma vidraça redonda um pouco antes de alcançar o teto. De cima, pela vidraça. Dava para ver tudo o que acontecia lá embaixo.

— O que diabos é isso? — Perguntei.

— Achei ano passado e acabou sendo útil. Eu preciso que fique aqui durante o jantar e pegue isso — Ela retirou da capa cinco bolinhas de saco roxa — É tinta, quando eu der o sinal lá de baixo, você joga na cabeça dela, ela vai se sentar bem abaixo de onde nós estamos, entendeu?

— Você pirou? Kaylie, eu não posso fazer isso, coitada da moça.

— Lua, você quer que eu tenha uma madrasta malvada? — Eu não queria era que o pai dela namorasse, não até que eu resolvesse aquela tensão sexual.

— Mesmo assim... Kaylie — Ela fez o beicinho de novo.

— Tá bem, mas se isso me arranjar problemas.

— Não vai, prometo.

Ela me deu um beijo na bochecha e começou a descer as escadas. 

— Espera, vai me deixar aqui? — Disse, desesperada.

— São sete e cinquenta, papai já vai chegar.

Kaylie, a criança maligna, Vandinha Adams, personificação da Órfã, irmã da Samara Morgan, fechou a portilha e desceu correndo as escadas. E eu, uma simples babá indefesa em meio a manipulação de uma garotinha de sete anos de idade, fiquei ali. Parada. Com cinco saquinhos de tinta na mão e contribuindo para o plano da chefe da máfia mirim.

Bufei e me sentei no pequeno degrau e fiquei observando pela vidraça. Dava para ver tudo lá embaixo, passei o tempo contando as linhas diagonais no vidro até que ouço barulho lá embaixo. Eram eles.

— Kaylie, que roupa é essa filha, onde está a Lua? — Falou Arthur.

— A Lua estava se sentindo mal, vomitou a tarde inteira — mentirosa — E eu gosto dessa roupa, papai. Qual o problema? — Vi Arthur arregalar os olhos.

A mulher que estava ao lado dele era bonita, mas um bonita do tipo... Depravada ou dançarina de bordel. Ela estava usando um vestido vermelho chamativo que poderia ser uma blusa, os cabelos louros caindo sobre as costas – cabelos que eu poderia comprar na farmácia – e um batom vermelho que marcava a pele branca. Apesar da megera ser bonita, ela estava tão chamativa quanto rainha de escola de samba. E olhava de cima abaixo com cara de nojo para a Vandinha, ops, Kaylie.

— Lauren, essa é minha filha Kaylie... Ela está passando por uma fase de descoberta, sabe como é? — Quase senti vontade de rir. Se ele soubesse.

— Eu entendo, certamente foi influência daquela babá, aquela que você citou, a brasileira. Aquele país não cria mulheres de respeito — VADIA. Como ela ousa falar das brasileira enquanto ela roçava a perna na de Arthur como se estivesse em um filme pornô? Quase atirei o saquinho de tinta nela.

— Ah, Lua é boa com ela — Ponto para o Arthur.

— Na verdade, a Lua é perfeita, ela parece uma princesa do rock, enquanto você parece uma, como é aquela palavra que ouvi na TV, mesmo? Ah, sim, garotas de esquina. Vocês são parecidas — BATE AÍ VANDINHA.

Sinceramente, aquela garota me dava orgulho.

— Kaylie, não fale assim com ela.

— Deixe, Arthurzinho. É tudo influência da babá — Nojenta.

— Vamos jantar.

Como Kaylie disse, a vadia-mor sentou-se bem abaixo de mim, em meu alvo. Arthur sentou ao seu lado e Kaylie em frente aos dois. Logo Margareth os serviu de um banquete bem feito. Senti fome.

A megera e Arthur conversavam distraidamente sobre um filme, e arregalei os olhos quando vi ela colocar a mão nos... Países baixos de Arthur. Arthur ficou com olhos do tamanho de bolas de golfe, e parecia que havia engulido um rato, a vaca começou a passar a mão em sua virilha e naquele local. Senti vontade de vomitar. Mas espera, naquele momento de distração, vi Kaylie retirando um vidrinho de álcool – álcool puro - da capa e despejá-lo na taça de Lauren. Louca.

— Lauren, porque não experimenta a água, é especial — Disse Kaylie.

— Filha, vem do encanamento como todos os outros — Disse Arthur.

— Mas é especial — Protestou Kaylie.

— Deixa, querido, eu bebo sim, amorzinho.


No momento em que Lauren levou a taça a boca, Vandinha me deu o sinal e atirei os cinco saquinhos, um por um, em direção ao cabelo tingido da vadia-mor. Me escondi atrás da pilastra enquanto ouvia a mulher engasgar.

— QUE DROGA É ESSA? — Gritou Arthur, e coloquei a mão na boca para controlar o riso que me invadia — LAUREN, SEU CABELO.

Arrisquei observar e empurrei um pouco o vidro, lá embaixo, Lauren estava com a mão no pescoço, como se se engasgasse e Arthur dava tapas nas suas costas. O seu cabelo tava uma mistura de roxo, amarelo, azul, vermelho e prata. Não controlei e ri baixinho.

— Minha garganta está queimando, está queimando.

— Kaylie, o que você fez?

— Eu disse que a água era especial.

Espertinha.

— Vou levar ela ao hospital, suba para o quarto AGORA — Ele gritou, carregando a loura porta a fora.

Kaylie seguiu eles e depois voltou correndo, caminhando até o meio da sala de jantar e me avisando que pudia sair. Desci correndo as escadas e encontrei Kaylie com os braços abertos, eu a abracei.

— Sua malvadinha.

— Ela nunca mais vai voltar — Kaylie disse, a soltei.

— Álcool não vai fazer mal para ela? — Perguntei cruzando os braços. Apesar de tudo, eu não queria que ela morresse.

— Uma intoxicação, em dias ela estará atormentando alguém.

— Agora vai ter que lidar com seu pai — Eu disse, roubando um aipim da mesa — Tô morrendo de fome, será que tem pão? Vontade de comer tomate.

— Sei lá, vou tirar essa roupa horrível.


E a Vandinha saiu pela escada. Fiz um sanduíche de tomate e peguei refrigerante, sentando sobre os banquinhos em frente ao tablado.
Estava tão entretida em meu lanche que sequer ouvi a porta bater até Arthur falar.

— Lua, oi — Disse Arthur, tirando a gravata e sentando ao meu lado.

— Estranhei não ver vocês aqui embaixo, não tinham um jantar? — Me fiz de desentendida, querendo rir da cara inocente que Arthur fez.

— Kaylie aprontou... Como de costume, como ela conseguiu derrubar tinta?

— Tinta? — Ah, mal ele sabia.

— É, eu trouxe Lauren aqui, estávamos saindo a algumas semanas, eu sabia que não deveria trazer ela, mas ela insistiu, se eu não a apresentasse ela nunca iria... — interrompeu — você sabe. 

— Transar com você? Só porque sou babá da Kaylie não significa que eu tenha a idade dela, Arthur. Eu sei muito o que é sexo, e as necessidades.

— Eu só achei que ficaria desconfortável, mas sendo sincero, eu não aguento mais. Eu não sei porque Lauren insistiu nisso, não é como se fôssemos ter um relacionamento, meu último relacionamento foi por água abaixo.

— Aposto que o meu foi pior — Digo, tendo certeza.

— Kaylie colocou aranhas na roupa da minha ex-namorada.

— Meu ex-namorado me deixou por um cara — Digo, como se fosse simples.

— É, você venceu — Ele disse cruzando as mãos sobre o tablado.

— Eu prometi a mim mesma nunca mais me relacionar. De acordo com meu ex-namorado eu me preocupo mais em namorar do que com quem namoro.

— De acordo com minha ex-namorada a minha vida é psicologicamente estragada porque minha filha é a personificação do Satanás.

— Sabe? Relacionamentos só trazem complicações. Eu queria achar um cara que não ligasse para isso, eu tenho as minhas necessidades. Fazem 6 meses que eu não beijo e muito menos faço algo a mais.

— Faz 5 meses que eu não durmo com ninguém. Porque mulheres exigem tanto? Sexo é só sexo. Como jogar video-game, você joga um pouco, se diverte e joga de novo quando quiser, entende? Sem complicações.

— Concordo completamente. 

Arthur olhou-me de soslaio e ergui a sobrancelha.

— O que foi?

— Ah... O quanto você estaria oposta ao sexo? — Perguntou.

— Eu nunca me oporia ao sexo, Arthur — Digo, dando de ombros.

— Me deixe reformular a pergunta... O quanto estaria oposta ao sexo, comigo?




Continua...








4 comentários:

  1. Posta outro urgente...não deixa acabar nesse suspense na melhor parte...

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  2. *0* O q será q ela vai rsponder? aaah posta posta posta :n

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  3. Super curiisa pra saber a resposta da lua
    posta mais plisssss

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  4. Tomara que ela aceite! posta outro hoje por favor

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