Minhas mãos tremiam de uma maneira absurda. Arthur tentava segurá-las, mas eram movimentos involuntários, causados pela angustia enorme na qual eu me encontrava. Estávamos frente a frente com Cláudio, Louise e seu advogado esperando que o juiz chegasse.
— Calma Lua. — Arthur sussurrou tentando me tranqüilizar. Mas era impossível.
— Aqui estamos! — um senhor alto de cabelos e barba branca entrou na sala onde nos encontrávamos.
Sempre havia imagino os julgamentos como nos filmes, naquela sala enorme com um lugar assustador onde a testemunha tinha de se sentar. No final estávamos em uma pequena sala, todos na mesma mesa para que o juiz julgasse com quem Sofia ficaria.
Naquela primeira sessão o juiz apenas ouviu ambas as partes, explicou-nos os direitos que Cláudio e Louise tinham por serem os pais biológicos. No entanto, não falamos nada em frente a eles. O juiz marcara um recesso curto e dentro de três dias estaríamos de volta para uma resposta final. Nosso advogado era ótimo e estava realmente otimista, mas algo apertava meu coração.
— Louise? — chamei-a quando já saiamos da sala. Ela se virou sem realmente me encarar — Como está Sofia? — meu tom de voz saíra frio no primeiro momento, mas ao falar em meu bebê minha voz vacilou.
— Está bem. — Louise respondeu de maneira seca e virou-se dando a mão para o marido e caminhando para o carro.
— Ela não está bem. — murmurei ao vê-los entrarem no carro.
Arthur envolveu um braço em torno de minha cintura e deixe minha cabeça tombar em seu peito.
Continua....
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