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Metamorfose - Capitulo 3


 - Surpresas e mudanças de comportamento.

                                                            




Lua POV



Que será que aconteceu para Arthur sair daquele jeito do escritório de seu pai? Seriam problemas na empresa?

Eles brigaram ? AAAAA que aflição. Eu queria saber por que Arthur estava tão nervoso daquele jeito.
- Arthur, o que aconteceu com você e seu pai?- Nada, Lua, nada. Não enche o saco, vai.Me perguntava se eu era tão ruim assim como Arthur falava. Eu simplesmente o amava, será que isso era algumpecado ? Não gostava que me tratasse mal. Se era para ser assim, por que então me pediu em casamento ? Eu achoque não sou tão monstruosa assim... É simplesmente porque a morte dos meus pais me fez perder a vontade de fazercertas coisas...
Ao entrarmos em casa, fui direto para o quarto tomar banho. Não gostaria de prolongar aquela noite.

Risadas ecoavam no carro dos Blanco.
- Não acredito que estamos de férias! E vamos viajar para Orlando! Pai, vai mais rápido, ou vamos perder avião! –
Lua dizia sorrindo
- Calma, minha filha. Vamos chegar a tempo! Não se estresse! – seu pai ria de sua pressa
- Tá bem. Mas vou sentir saudades das minhas amigas, do Pedro...– Lua disse cabisbaixa
- Calma, minha filha. É só um mês. Logo, logo você estará de volta para as suas amigas – seu pai virou pra trás
por um segundo e sorriu, mas não durou muito tempo.
- CUIDADO! – ouviu-se um grito e uma forte luz na direção de Lua, foi o bastante pra ela ver o rosto dos pais
desfocados e perder os sentidos logo depois. 



Pingos de suor rolavam por todo meu corpo, e aquela lembrança de meus pais me fez chorar automaticamente.
Desde que se foram, me sentia completamente sozinha.

Arthur POV



Um grito. Acordei assustado, e corri para ligar a luz. Encima da cama, Lua estava toda soada, tremendo,
chorando e soluçando.
- Lua, está tudo bem ? - Quando me dei conta, já estava abraçando-a
- Arthurr... - Falou com a voz embargada pelo choro
- Shhh, calma Lua, vai ficar tudo bem - Cherei-lhe os cabelos. Tinham um aroma delicioso
Eu sentia pena de Lua. Nunca havia lhe perguntado o porquê de acordar assim, tão assutada, mas conseguia ver
pânico e tristeza em seus olhos.
Coitada, certamente deveria se sentir mal por perder as únicas pessoas que realmente podiam gostar dela. Poderia
até chegar a ter remorso por ter lhe roubado a oportunidade de ter alguém que a consolasse durante à noite, e que à amasse. Mas que homem iria querer uma mulher como Lua ao seu lado ? Eu adorava todo tipo de mulheres, e mesmo assim só suportava sua presença na cama por causa dos malditos pesadelos com que ela acordaria a vizinhança inteira.
Aos poucos, foi parando de chorar.
- Agora está tudo bem ? - Perguntei
- Acho que sim... - respondeu num sussurro
- Ótimo - respondi, soltando-a bruscamente - Agora finalmente voltaremos à dormir
- Arthur... - sua voz irritante me fez olha-la novamente
- Diga logo, Lua. Não tenho a noite toda - Vi uma lágrima cair no lençol. Sua fraqueza e suas lágrimas constantes
me irritavam profundamente.
- É que... E-eu só queria que me abraçasse um pouco mais - fez uma pausa - queria que me ajudasse à esquecer -
continuou. Apaguei a luz, voltando para a cama, me deitando virado para ela
- Tá, tá bom Lua - Bufei - Segure meu braço mais um pouco. Mas que fiquei bem claro que é apenas porque preciso
dormir e não quero ser acordado por seus gritos irritantes novamente.


Lua POV


Quando Arthur me abraçou e eu pudi inalar seu perfume gostoso, comecei a me sentir mais calma. Como era bom
estar em seus braços... - deitei-me em seu peito, espalmando minha mão em seu tórax
Mas logo a seguir me tratou com tanta indiferença e brusquidão que me senti a pessoa mais horrenda e
insignificante do mundo! Ele sempre me consola quando acordo lembrando o acidente...mas sempre é bruto no instante seguinte. Eu era boba, acabava sempre a mendigar um carinho dele... Dormir assim, abraçada ao seu braço musculoso e sentir a pele dele em meu rosto era tão gostoso...mas será que eu mereço a forma como ele me trata? Eu o amo tanto... Mas ele não merece esse amor! Ou sou eu quem não merece o amor dele? Seria tão fraca e feia assim como ele dizia... ?
Bocejei. O sono voltava, mas minha cabeça só tinha espaço para duas coisas: Arthur e eu. Eu e Arthur... Teria
ele alguma razão em especial para me desprezar tanto assim ?
Ainda perdida dentro da minha própria mente, acabei adormecendo sem chegar à conclusão alguma.

Arthur POV


Acordei sentindo algo quente ao meu lado... Era Lua. Nós estávamos agarrados. Arrrr! Pelo menos consegui dormir...
Joguei-a de lado, ouvindo-a resmungar baixinho, e fui tomar meu banho. Seria um longo dia.
Me troquei, e acordei Lua
- Lua - chacoalhei - Luaaaaaaaaaaa - disse um pouco mais alto
- Sim ? - Falou sonolenta
- Acorda e se arruma. Tô com fome - Fiz cara de cachorro abandonado. Ela sorriu.
- Ok, ok. - e saiu rumo ao banheiro. Desci e liguei a televisão, e lembrei-me de meu pai.
Será que ele tiraria mesmo a presidência da empresa de mim ? Ou seria só uma mera ameaça ? Não deveria ter
discutido com ele e saído daquele jeito. Que será que ele faria comigo agora ?

Lua POV

- Que bom que você lembrou que eu existo, Soph - Fiz drama no telefone, girando na cadeira de minha sala.
Quando Sophia embarcava em um cara, ela esquecia tudo ao seu redor, menos o trabalho.
- Não faça drama, Lu. Você sabe bem como eu sou - ri
- Sei, sei.
- Liguei pra te perguntar se quer almoçar comigoooooooooooooo *-*
- Claro que quero. No restaurante de sempre ?
- Sim, sim. Te vejo daqui meia hora. Vai me contar tudo que tá acontecendo, ouviu ? - Fez voz de raiva. Ela
odiava Arthur com todas suas forças.
- Aiiiiiiii, Soph. Ok, ok. Tchau. Beijo.
- Beijo.

Arthur POV

Bateram na porta, mandei entrar. Era Pérola.
- Thúthúzinhoooo, vai me levar na festa mesmo, não vai ? - Sentou em meu colo.
- Claro que vou, Pérola.
- Acho bom. Agora me diz... Já que vai me levar na festa, poderia me dar uma jóia, não é mesmo ?
- Posso e vou. Você está merecendo.
- Hmmmmm, estou é ? - me beijou - Quero um colar, bem bonito e chamativo.
- Você quer, você vai ter. Te encontro hoje à noite no mesmo lugar ?
- Claro! Agora vou trabalhar. - Me beijou - Tchau.
- Tchau.
Pérola era um tipo de "ficante fixa", então deduzi que talvez ela merecesse mesmo esta jóia. Não iria gastar
meu dinheiro, óbvio. Até porque, meu pai iria saber e provavelmente perguntaria à Lua se a jóia era para ela. E
como ela também não consegue mentir pra ele... Iria pegar uma jóia dela mesmo.

Lua POV

- Sophiaaa! - Abracei-a, entrando no restaurante e me sentando em frente à ela.
- Lu, que saudades de você *-* - falou com os olhinhos brilhando
- Não tenho culpa se me esquece - fiz cara de brava
- Aii, para com isso. Agora me conta tudo que tem acontecido. Como o idiota do Arthur anda te tratando ?
- Ei, não o chame de idiota - repreendi - Eu sei que vocês nunca se deram bem, mas...
- Nunca nos demos bem porque ele sempre te tratou mal! Só você parece não ver isso! - Tentei defender o Arthur,
mas a verdade é que no fundo sabia que a Soph tinha razão. Vendo a minha cara, ela resolveu mudar de assunto.
- Mas não vamos perder tempo falando do Arthur...até porque a única coisa que valeria a pena discutir seria a
melhor forma de tortura e morte lenta a usar nele... - Sophia parou diante de meu olhar de censura - Ok ok! Parei!
- Agora me conta você, como foi com o ultimo cara ? Qual era o nome dele ?
- Era um lindão, mas não queria nada sério... O nome dele era Chay, e ... - Assim, continuou a me contar. Várias
risadas contagiavam o ambiente, e neste momento - pelo menos - com minha melhor amiga, eu me sentia feliz.

Arthur POV

Depois de uma tarde cheia, eu e Lua já havíamos chegado em casa. Ela estava no banho e eu me lembrei neste
momento do pedido da Pérola. Fui até á caixa de jóias que Lua guardava em cima da cômoda e abri. Um colar grande
e vistoso. Tinha vários, na verdade, mas na sua maioria eram simples e quase sem pedras. Escolhi o mais brilhante,
com uma ametista e diamantes em volta. Pérola iria adorar...e quem sabe isso não me desse direito a um agradecimento
digamos...especial?
Coloquei-o no bolso quando um grito atrás de mim me sobressaltou.
- Que está fazendo ? - Lua gritou quase no meu ouvido. Me assustei
- Nada! – me denfendi ainda a tentando me recuperar do susto.
- Me dá isso aqui – grtou novamente tentanto agarrar a minha mão – Isso é meu, Arthur!
- Nada disso – desviei – Isto é uma jóia! Você tem jóias a mais para uma mulher sem graça e que nunca se arruma! E
neste momento, eu preciso dessa! Ficam muitas aí na caixa!
- Arthur, essa jóia é minha! – repetiu ainda a tentar agarrar o colar que eu afastava dela.
- ERA sua! Agora é minha também, lembra? O que é meu é seu e esse papo todo que se diz no casamento?
- Arthur... – insistou com voz chorosa esticando-se para alcançar a minha mão – Esse colar era da minha mãe! Me
devolve isso agora! Ele é muito importante pra mim!
- Ah! Lua Você tem várias jóias que eram da sua mãe e não usa nenhuma delas! Jóias, principalmente as vistosas como
essa, foram feitas para que mulheres bonitas as usem! O seu pescoço não vale uma jóia destas...seria quase uma
ofensa á memória da sua mãe! - disse já aborrecido com a insistência dela – Prometo que ela vai brilhar muito mais
usada pela próxima dona dela!
- Você não tem esse direito, Arthur! Me devolva o colar já! - tentou mais uma vez pegá-lo da minha mão.

Lua POV

- Ai Lua, que saco! - desviou a mão mais uma vez de meu alcance, com uma expressão de aborrecimento - Já disse que
isso aqui é pra ser usado por uma mulher bonita! Sua mãe provavelmente me agradeceria por tirá-la de você! -Eu não
aguentava mais. A raiva e o desespero me consumiam. Como se não bastasse me desprezar e insultar, Arthur queria
oferecer uma das minhas jóias para outra mulher? Provavelmente uma das muitas “mulheres bonitas” da vida dele! Ele
era REALMENTE um verdadeiro idiota, como dizia Sophia! Uma pedra de gelo incapaz de qualquer sentimento que não fosse centrado nele mesmo. Com todos os soluços e lágrimas que ele me provocou ao longo deste ano de casamento na memória, o tapa na cara
dele saiu antes que eu conseguisse sequer pensar direito
- Por que fez isso Lua ?! - gritou com a mão no rosto, no lugar onde eu havia batido – Ficou louca?!
Eu o olhava atônita, completamente chocada com o que eu mesma havia feito. Eu tinha batido no Arthur! Depois de
quase um ano de humilhações, pancadas e lágrimas...Eu tinha mesmo lhe batido! E, para minha surpresa, sentia-me
incrivelmente bem com isso.
Levantei de novo a minha mão para olhá-lo, ainda mal acreditando na coragem que tinha tido. Arthur me agarrou pelo pulso com força.
- Nem pense em repetir a graça! – disse quase rosnando na minha direção – Do meu pai QUASE admito isso...Mas de uma coisinha insignificante como você...Não admito mesmo! Não sou saco de pancadas de ninguém!
- E por acaso eu sou, Arthur ? – Falei – Você me bateu quantas vezes mesmo desde que nos casamos? - fiz cara inverrogativa - Já perdi as contas!
Ele ficou mudo, mas apertou meu braço ainda mais forte. No entanto, pela primeira vez, eu não me sentia intimidada
pela força dele. Queria bater? Pois batesse...eu iria bater também!
- Você pode falar o que quiser de mim, Arthur, mas da minha família não. A jóia é de MINHA MÃE e vai ficar COMIGO! – disse com firmeza, fixando o olhar no dele - E não mexa mais em minhas coisas sem minha autorização, entendeu ?
Sem me importar com o machucado, o forcei soltar meu pulso, que já estava vermelho. Peguei o colar que, no meio
da briga, tinha caído ao chão.
- E já agora, Arthur...fique sabendo que a insgnificância acabou por aqui!
Virei costas e sai do quarto, com o pulso dolorido e o colar da minha mãe bem seguro junto ao peito. Arthur tinha
ultrapassado todos os limites. E a partir de hoje, as coisas na casa Aguiar iam mudar...Ah, se iam!

Arthur POV

Olhei Pérola adormecida ao meu lado e me levantei, tentando não a acordar. Depois de sair de casa, tinha-lhe
pedido, não, na verdade, eu tinha lhe ORDENADO que me encontrasse no hotel onde costumávamos ir. Precisava espairecer e gastar alguma da energia acumulada durante a briga...se não fizesse isto antes de encontrar com Lua novamente, nem quero pensar no que poderia lhe fazer. Aquela...coisa! Tinha tido o descaramente de me bater!
Olhei de novo para a Pérola e passei a mão pelo cabelo, apertando a camisa. O pior é que graças a ceninha que Lua
fez, ainda não tinha jóia nenhuma para lhe dar...e faltavam apenas cinco dias para a festa.
Ainda não conseguia pensar racionalmente acerca de Lua. Em vez de baixar a cabeça e choramingar um pouco, como
sempre, ela tinha-me dado um tapa. Um tapa!... E as palavras que tinha dito: " Fique sabendo que a insignificância
acaba por aqui." Quem é que ela pensava que era para falar comigo assim?
No entanto, tinha de admitir que havia me assustado um pouco. Nunca tinha lhe visto assim tão...decidida! Seria
aquela atitude toda apenas fogo-de-palha? Ou duraria mesmo?
- Thúthúzinho... – a voz sonolenta da Pérola a acordou-me de meus pensamentos – Já escolheu a minha jóia ?
O bater de pestanas, e a voz melosa que neste momento só me provocava enjoo. Tentei desconversar.
- Ainda não...estou procurando algo especial - menti.
- Hmm, ok. – Sorriu sedutoramente e voltou-se para o outro lado, deixando a perna descoberta. Olhei-a
desinteressado. Já tinha obtido dela o que queria por hoje.
- Vou embora, Pérola. – disse retirando dinheiro da carteira para pagar o quarto colocando-o na cômoda – Te vejo na
empresa amanhã.
Peguei no casaco e saí. Entre a briga com a Lua e a jóia para Pérola, tinha bastantes problemas pessoais a
resolver. Ignorando ambos, fui para casa tentar descansar um pouco.

Lua POV

Acordei sentindo o claro em meu rosto. Fui até a janela, e já era um lindo dia ensolarado. Sábado. Arthur saíra ontem após nossa discussão e não o vira mais. Hoje era um dia em que eu gostava de limpar a casa... Era como terapia para mim! Me fazia esquecer das coisas... Talvez conseguisse esquecer um pouco de Arthur!


Arthur POV

- Bom dia Thúthúzinho... – a voz melosa e irritante da Pérola fazendo-me repensar a ideia de um novo encontro tão cedo – Sentiu saudades da sua Pérolazinha, a sua jóia mais preciosa?...
Fiz um sorriso falso enquanto me aproximava da cama. Ela pestanejou sedutora enquanto começava a correr as mãos pelo meu peito, desapertando alguns botões da minha camisa.
- Thuthú...por falar em cadê minha jóia para a festa? – a voz meia sussurrada enquanto me mordiscava a orelha.
Passei as mãos pelas costas nuas dela.

Sábado cansativo. Pela primeira vez, iria voltar cedo pra casa. Tô quebradão pow, e nada melhor que um banho
pra relaxar, não é mesmo ? Subi as escadas, peguei a toalha, e fui tomar um banho. Assim que adentrei o banheiro,
vi uma cena tentadora. Mordi o lábio.
Uma mulher loira de cabelo cacheado, com o bumbum empinado, coxas de fora devido à seu short curtissímo, limpando o chão do banheiro. Deduzi que fosse uma nova empregada.
Mas não dava pra resistir... Fui até ela e agarrei-a sem dó, puxando-a pela cintura encostando seu bumbum no meu
"Arthur.Jr" [n/a:KKKKKKKKKtenso] que já dava sinais de vida. Ela se assustou
- Olha só... - murmurei, cheirando seu pescoço. - A nova empregada é muuuuuito gostosa. - Passei a mão por suas coxas, tentando subir minhas mãos para sua barriga, na tentativa frustrada de tirar sua blusa molhada.
- Arthur, me larga - deu um tapa em minha mão, se virando. N-não creio... Era Lua ? LUA ? [O,O] - O que você está fazendo aqui ? - falou entre dentes
- N-nada - Gaguejei, não tirando os olhos de sua blusa molhada, que deixava os seios transparecerem.
- Então saia daqui agora - Ordenou - E TIRE OS OLHOS DE MIM - Gritou, me empurrando para do quarto.
Saí de casa... Precisava desabafar com um amigo. Hm, Chay *risos* tempo que não falava com ele. Seria total diversão, além de talvez, organizar meus pensamentos.
- Caralho, você agarrou tua mulher ? - Chay perguntava espantado
- Agarrei. Agora não me pergunte por quê. Tô confuso. Nunca reparei que ela tinha uma bunda daquelas - Fiz cara
maliciosa
- A, há. Não fale muito, se não vou pra tua casa observar. Cineminha bom, hein! - gesticulou com as mãos uma tela,
fazendo uma careta engraçada.
- Se atreva. Quebro todos seus dentes
- Calma aí cara. Não precisa ficar com ciúmes. Ela nem me conhece, então quer dizer que o bonitão aqui não é ameça.
AINDA - Troxão. ri
- Palhaço. Não tô com ciúmes. Que história é essa ?
- Caralho, você agarrou tua mulher ? - Chay perguntava espantado
- Agarrei. Agora não me pergunte por quê. Tô confuso. Nunca reparei que ela tinha uma bunda daquelas - Fiz cara 
maliciosa
- A, há. Não fale muito, se não vou pra tua casa observar. Cineminha bom, hein! - gesticulou com as mãos uma tela,
fazendo uma careta engraçada.
- Se atreva. Quebro todos seus dentes
- Calma aí cara. Não precisa ficar com ciúmes. Ela nem me conhece, então quer dizer que o bonitão aqui não é ameça.
AINDA - Troxão. ri
- Palhaço. Não tô com ciúmes. Que história é essa ?
- Ahh, mas você está com ciúmes SIM. Tava me contando agora à pouco que um monte de carinhas que encontram com ela ficam agarrando, beijando. E você provavelmente fica vermelho de ciúmes, é antipático com eles, fica bufando de raiva. É típico de você, Arthur. Te conheço.
- Conhece nada. Quem te garante ?
- Posso perguntar pra loirinha lá então ?
- Loirinha ? Quem te deu liberdade pra falar dela assim ? Tu nem conhece ela, cara.
- Pois podíamos mudar isso... Quero conhecer a famosa Lua. Deve ser tão bonita quanto o nome, não exagera meu filho!
- Ahh, você vai ver. De bonito ali, só o nome mesmo. - Pensei um pouco, havia mais coisas a serem ditas - Mas ontem
ela me assustou! - desabafei
- Assustou como ? - Droga! E a vergonha de lhe contar tudo ?
- Tentei pegar uma jóia dela, e ela me deu um tapão - Chay se espantou
- Ela ? - assenti - Te deu um tapa ? - assenti denovo - Bem feito! - Soltou uma risadinha
- Como assim bem feito?
- Bem feito mesmo. Pra quem era a jóia? Aposto que pra sua mãe não era.
- Era pra secretária...
- Aí, viu ? Tu deu mancada, não pode fazer isso com ela. Ia gostar de ser traído ?
- Não, claro que não.
- Então pronto. Agradeça por ela ainda não ter tacado fogo nas suas roupas. - ri
- É um mané mesmo...

Lua POV

- O Arthur te agarrou ? Como assim Lua ? - Sophia falava abobada
- Isso mesmo que você ouviu. - ri da expressão dela
- Deus... Isso não muda o fato de eu odiá-lo.
- Eu sei, Soph, eu sei...
- Mas que ele é lindo ele é, né ?
- SOPHIAAAAAAAAAAAAA. Olha o respeito. - Comecei a rir, ela era muito cara de pau - Maluca.
- Mas é verdade. Só que minha cabeça e coração só tem espaço pro Chaaaaaaaaaay - suspirou
- Awn, que munitinha. Não tira o Chay da cabeça - falei apertando sua bochecha
- Idiota - Deu um tapa em minha mão - Mas é sério que ele te encoxou Lua ?
- JÁ DISSE QUE SIM, SOPHIAA. Que coisa. - ela riu - Mas eu já estou cheia dessa situação...
- ALELUIAAAA! - Falou, colocando as mãos para o alto.
- Já cansei de ser saco de pancadas dele - fiz uma careta
- Ele é um idiota, Lua. Tá na hora de não abaixar mais a cabeça pra ele. Apoiada - sorriu.

Arthur POV

Alguns dias haviam passado... Mesma rotina. Sexta-feira, festa seria hoje à noite. Me divertia com Pérola, já havia lhe comprado seu colar... Ela provavelmente satisfaria todos os meus dejesos...Iria bem acompanhado à festa. Tudo
perfeito.
Cinco da tarde... Eu, diariamente, iria para a recepção pegar Lua para irmos embora. Mas, misteriosamente, ela não veio trabalhar hoje. Estranhei... Lua nunca havia faltado no trabalho, por mais que fosse mulher do presidente da empresa. Mas, pouco importa. Hoje eu iria me divertir demais.
Acabava de me arrumar quando Pérola ligou:
- Thúthúzinho, vai demorar muito ? - Perguntava com sua voz melosa e irritante.
- Não, Pérola. Não vou demorar. Jajá estou na sua porta. - Respondi sem paciência alguma.
- Ok. Beijo. - desligou sem me deixar responder. Ótimo.
Passei perfume, e pronto. Entrei no carro e depois de alguns minutos, já estava na porta de Pérola,
que usava um vestido curtíssimo vermelho e escândaloso. Revelava suas coxas razoáveis, e pernas depiladas. Nada que me chamasse tanta a atenção assim, mas... Ela era gostosinha.
- Vamos Thúthú ? - Me beijou
- Vamos. - me limitei a responder.
Chegamos à festa. Não era nada do que estava acostumado à frequentar... Sim, era pra arrecadar dinheiro, mas tinham luzes, como uma balada. Bebida - claro - várias mesas e muuuuuuuuitas mulheres.
- Thúthúzinho, quero beber alguma coisa - Pérola se pronunciava, me olhando de um jeito estranho.
- Vem comigo. - Puxei-a. Nos sentamos no balcão, e percebi que ela, numa tentativa frustrante, queria me seduzir. Como eu não era bobo nem nada, tentei puxá-la para um beijo. Mas foi em vão. Senti uma mão me puxar pra atrás. MAS QUE POHA É ESSA ? MEU PAI?! QUE ELE FAZIA AQUI ?
- O que está fazendo, Arthur ? - Falou, com raiva
- Talvez, tentando beijar uma mulher. Mas o senhor atrapalhou - fui irônico
- HAHAHA - riu sarcástico - Você vai beijar uma mulher, mas não vai ser uma vagabunda qualquer - Hãn ? Mas o que... ?
- Que quer dizer ? - Perguntei confuso
- Arthur, venha comigo. - Puxou-me
- Mas e ela ? - Apontei para Pérola
- Ela vai embora - pronunciou um pouco mais alto, para que Pérola escutasse. Ela fez menção de abrir a boca, mas ele
logo lhe cortou - E vai sozinha. - Ouvi Pérola soltar um gritinho histérico e bufar.
- Pra onde o senhor está me levando ? Apropósito, que o senhor faz aqui ? - Estava irritado.
- Arthur, calma. Está surtando assim porque aquela vadia foi embora ? Você tem coisa melhor para apreciar esta noite.
- Tipo ? - Me interessei, que será que me aguardava ? Vindo do meu pai, isso era muito estranho. Mas logo o interesse deu lugar à surpresa. Eu e meu pai paramos em frente à uma mulher loira, de cabelos cacheados. Tinha o corpo escultural, usava um vestido azul escuro e tinha uma bunda.... Ha, ha... Mas que bunda hein! Calma, fica quietinho aí dentro da calça amigão.
De repente ela se virou, fazendo com que meu queixo caísse.
- Lua Blanco Aguiar - Meus olhos pousaram em seu decote. E que decote... Pera aí, para tudo! Meu pai disse em alto e bom som, sorridente, que ela se chama Lua ? Aguiar ? Lua Blanco Aguiar ? A MINHA Lua?! Aquele ser de roupas largas e coque sem graça desapareceu e deixou aqui este ser feminino e maravilhoso?! 
Não sei que milagre aconteceu aqui, mas por uma mulher destas, eu quase teria casado de boa vontade! Háaa...não teria não, afinal, apesar de agora parecer bonita ela continua a ser a mesma Lua de sempre... sem graça e sem personalidade nenhuma! Olhei-a novamente, para me certificar que não estava num mundo paralelo. Apesar de completamente diferente parecia que sim...era mesmo a Lua. A minha mulherzinha Lua! Subi o olhar por seu corpo, apreciando cada curva totalmente
desconhecido para mim. Sorri apreciativo...e depois fiquei hipnotizado pelos olhos dela. Aqueles olhos castanhos amendoados, com um toque de orgulho e insegurança... Fiquei zonzo por uns momentos.
- Arthur... - o quase sussurro dela trouxe-me de novo á realidade.
- Mas o que está acontecendo aqui afinal? - perguntei ainda chocado - Desde quando você se arruma toda Lua? - Lua abaixou a cabeça, perdendo um pouco do brilho que apresentava antes. Esta Lua, de cabeça baixa e encolhida já começava aparecer mais a minha mulher.
- Você não gostou? Não estou... bonita ? - Sorriu torto, mostrando-me de novo aquele sussurro quase amedrontado.
Olhei de relance para o meu pai, que se mantinha ao nosso lado de braços cruzados e olhar feio fixo em mim. Suspirei.
- Está bonita sim, Lua... Muito bonita. - baixei o tom de voz numa tentativa de que o meu pai não ouvisse - E é precisamente esse milagre da Natureza que me surpreende... - Meu pai se aproximou de mim, sussurrando, colocando a mão em meu ombro 
- Esta noite você não pode dizer que a sua mulher não tem a imagem adequada á esposa de um presidente da empresa. Por
isso aproveite e cole nela a noite inteira, me ouviu bem? - Assenti, ainda confuso. Não podia nem pensar em fugir...E se já tinha casado... Aguentar uma festa mais não seria um drama. Principalmente com a nova versão da Lua!
- Não se preocupe, pai. Faço sempre o que me mandam, não é? - perguntei sarcástico, me afastando enquanto agarrava Luapelo braço.
- O que você está fazendo aqui ? - sussurrei já longe dos ouvidos do meu pai - Não era pra você vir nessa festa!
- Pra falar a verdade, nem eu mesma sei porque vim... - abaixou a cabeça, insegura.
- Como assim não sabe? - passei a mão pelos cabelos, nervoso.
- Não sei, Arthur! Mas não terá que colar em mim como seu pai pediu. Aliás, vou me afastar agora mesmo, não se preocupe ! - Lua falou enquanto se virava para se afastar. Lhe parei
- Aonde você vai ?
- Vou pegar alguma coisa pra beber.
- Desde quando você bebe ?
- Desde quando você se importa ? - me surpreendeu, dando um sorriso largo e saindo. Fui atrás. 
- Desde que a minha mulher aparece numa das festas da empresa. Não quero que me envergonhe ficando bêbeda e muito menos ter que te aturar de ressaca. Apropósito, desde quando você tem essa aparência?! - perguntei olhando de novo seu corpo escultural.
- Desde sempre, segundo meus amigos... - Lua e seus amigos! - Agora chega, que esse papo tá muto cheio de 'desde quando'. - Nesse instante, um amigo sócio meu apareceu.
- Arthur! - Me abraçou - Grande Arthur! - sorriu - Vou confessar, sua mulher é linda. Linda mesmo - mordeu o lábio, lhe olhando com malícia.
- Pois é, né ? Eu também acho ela linda! - sorri cínicamente. - É uma pena pra você que ela já tenha dono, certo ?
- Uma pena mesmo. - olhou-a dos pés à cabeça uma vez mais, prendendo o olhar em seus seios.
- Obrigado - Lua sorriu tímida - Seu nome é ?
- Bruno. - O panaca sorriu de volta.
- Lua, vamos ali cumprimentar uns amigos meus ? - Cortei o barato de meu "amigo".
- Mesmo ? - Lua fez uma careta
- Sim, mesmo. - sorri disfarçando - Desculpa cara. Qualquer dia desses a gente para pra conversar com você - fiz cara de pena.
- Bom, foi um prazer lhe conhecer. - Duplo sentido ? Esse viado realmente não sabe onde está se metendo. Bruno lhe olhou uma ùltima vez, antes que eu à puxasse pelo braço, lhe tirando dali o mais rápido possível.
- Que foi Arthur ? - Fez cara surpresa
- Que foi Arthur ? - Fez cara surpresa
- O que foi ? O QUE FOI ? Você ainda pergunta ? Não, primeiro o idiota chega e...- Disparei, bravo
- Calma Arthur - sorriu - eu nem bebi o que queria - fez biquinho. [Ownthahahaha]
- Ok, Lua, ok. Vamos lá no bar pegar alguma coisa pra beber, e depois a gente se senta na mesa onde meus pais estão.
- Ok - sorriu animada. Saímos em direção ao bar, Lua sendo acompanhada pelo olhar de milhares de marmanjos. Mas que merda! Pegamos a bebida e saí lhe arrastando salão à fora.
- Oi pai
- Oi Tio Victor, oi Tia Diana - Lua sorriu. Eles apenas responderam um 'Olá' sorridentes. E lá vinha mais um homem... Meu Deus do céu! Se for pra elogiar a Lua, eu expulso ele daqui em dois segundos.
- Victor, Arthur, Diana - Nos abraçou, sorrindo. Um sorriso bem falso, mas... - E essa é ?
- Lua - Meu pai respondeu - Mulher de Arthur.
- É tão linda quanto o nome - sorriu, lhe beijando a mão. E disparou a falar o quanto ela era bonita e etc... Mas que droga! Será que não se pode ter um minuto de paz ? Pior, meu pai concordava com tudo que o homem falava, só lhe dando corda.
- Lua, vamos ali no bar pegar outra bebida ? - Chamei-a. Não queria mais ninguém lhe bajulando
- Arthur... sério ? - fez biquinho. Mas que droga! Não iria resistir
- Sério, sério. Vamos - puxei-a 
Uma hora depois... Poderia até contar quantos "amigos" meus já tinham vindo falar comigo. Sempre a mesma coisa..." Como sua mulher é linda " e blá, blá, blá. Mas que droga! Isso lá eram amigos ? Todos olhando pra ela como se estivesse sem roupa alguma me irritava completamente!
Queria ir embora... Ah, mas que saco. Até pra ir embora agora eu teria de perguntar ao meu pai como se tivesse 5 anos ? É, teria. Mas que grande merda!
- Lua, eu já volto, fique aqui. - Ela apenas assentiu.
- Quero - sorri. Me puxou para a pista de dança, envolvendo seus braços em minha cintura. Nos movíamos lentamente conforme a música, até que resolvi perguntar seu nome
- Seu nome é... ?
- Plínio. E o seu é Lua, certo ? - sorriu
- Sim, como sabe ? - me interessei
- Estava no dia de seu casamento com Arthur. - explicou - Sabia que... você é muito linda ? -Ahá, e o Bicho papão vai te pegar, cuidado. UUUUUUUUH
- Bom, foi a única coisa que ouvi a noite toda - gargalhei
- Mudou bastante, aparentemente você não era assim no dia do seu casamento - sorriu - Estão todos aqui babando por você.
- Aproximou seu rosto do meu - Principalmente eu - me prensou contra ele. Me assustei. Ele era amigo de Arthur ? Mesmo ?
- É-ér... Mesmo ?
- Mesmo. - Tentou me beijar, mas me esquivei um pouco
- É que... - Percebi que Arthur se aproximava. Não iria parar de dançar agora, como pensei. Talvez ele merecesse isso. - Nada, nada. - Sorri, continuando a dançar. Deveria pensar melhor. Arthur não gostava de mim e, óbvio que não se importaria comigo dançando com seu amigo. Tentei me soltar, mas Plínio me prendeu ainda mais. 

Arthur POV

- Pai, quero ir emboraa - falei com cara de tédio. Sim, aquela cena estava esquisita. MUITO ESQUISITA. Me sentia com 5 anos naquele terrível diálogo - Será que pelo menos isso eu posso ?
- Não, fique mais um pouco. - Meu pai sorriu. - Apropósito, o que é aquilo ? - Apontou para a pista de dança, onde Lua dançava agarrada com um homem.
- MAS O QUE ? - Gritei. Ouvi a risada de meu pai - E o senhor ainda ri ? - Andei apressado até a pista de dança. Eu iria acabar com aquela palhaçada naquele instante, sem dó nenhuma.
- Atrapalho ? - falei entre dentes
- Hãn ? Não, claro que não - Plínio falou
- Ótimo! Venha Lua - puxei-a pelo braço
- Qual é cara ? Nós só estávamos dançando. Tem medo que eu roube Lua de você ? - sorriu cinicamente.
- Qual é cara ? Nós só estávamos dançando. Tem medo que eu roube Lua de você ? - sorriu cinicamente.
- Dançando o caramba. Você queria beijá-la, mesmo percebendo que ela não queria e sabendo que eu estava na festa! E não, você seria o ultimo cara que conseguiria alguma coisa com ela. - Apontei o dedo em sua cara. - Se eu te ver mais uma vez encostando um dedo nela, eu juro que você morre.
- HAHAHAHA - deu uma risada irônica - Quem ouvir você falando até diz que você é mesmo apaixonado pela sua mulher... Maseu te conheço melhor que isso, Arthur.
- O que quer dizer com isso? - estava começando a ver tudo vermelho de raiva, e avancei para ele disposto a enfrentá-lo.Ele simplesmente riu.
- Vocês nem parecem casados, Arthur! Tenha dó, você nunca aparece com ela em lugar algum. Mas sempre leva mulheres com ar fácil do seu lado. Das poucas vezes que vi vocês juntos, incluindo seu casamento, você a evita...Pra não falar que mal lhe toca! Ter uma mulher dessas e não aproveitar... - abanou a cabeça, tirando 'sarro' - Por que não deixa para outros ? Parece ela não se importa dividir você com outras!Creio que seja justo que o critério seja igual para os dois!
- A Lua é MINHA mulher, Plínio! E o que acontece entre nós só interessa a nós. E já agora...fique sabendo que eu toco nela sim! - agarrei Lua por um braço, puxando-a contra mim enquanto sorria vitorioso para Plinio - Toco na Lua sempre que eu quero... E apesar de você realmente não ter nada a ver com isso, fique sabendo que é muito bom tocar nela, beijar ela... Mas você nunca terá certeza disso, porque infelizmente pra você ela é MINHA mulher, e eu não partilho nada do que é meu! - Plinio ficou vermelho. Algumas pessoas se mantinham em volta, assistindo á discussão. Lua agarrava-se á manga do meu casaco, falando que era melhor que saíssemos dali.
- Você está mentindo, Arthur! Esse casamento é só fachada e todo o mundo sabe disso! - descontraiu um pouco e sorriu - Mas já que é tão bom beijar a sua mulher... Porque não faz aqui mesmo, para que todos possam pelo menos assistir a um beijo do casal-maravilha?! - Hesitei. Eu e Lua ? Nos beijando? Olhei de relance para ela, que estava pálida como cera.Plínio notou a minha hesitação, e o sorriso dele aumentou.
- Força Arthur! Beije a sua mulher e prove que eu estou enganado... Prove que você realmente ama loucamente a sua mulher e tudo o que se diz sobre o seu casamento é mentira!
- Sabe que é, Plínio? Beijo mesmo! - Em um impulso, agarrei sua cintura com uma mão, puxando-a de encontro ao meu corpo. A outra mão foi levada ao seu cabelo, colocando-o atrás da orelha, para logo depois pousar em sua nuca. Aproximei seu rosto do meu, encostando os nossos lábios pela primeira vez. A minha intenção era dar apenas um beijo suave, mas a suavidade daqueles lábios apanhou-me de surpresa. Sem conseguir raciocinar, a minha língua pediu passagem, e ela não hesitou em corresponder ao beijo. Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia. Completamente perdido no sabor dela e na harmonia perfeita do beijo agarrei a sua cintura com ainda mais firmeza, intensificando o beijo. Não sabia o que tinha me dado, mas não queria parar
Completamente esquecido de onde estava e de quem beijava, perdi o controle, com o beijo ficando mais rápido e intenso a cada segundo. Foi Lua quem se afastou ligeiramente, arrastando-me para a realidade. O olhar dela era uma mistura de confusão e desejo.
- Arthur... - cortei-a
- Vamos embora. Já fizemos tudo e mais um pouco que havia pra fazer aqui. - Saí, puxando-a com força para fora da festa.Eu realmente estava incrédulo com tudo que havia acontecido até aquele momento. Lua começava a ser um problema na minha vida...e não exatamente da forma como eu tinha esperado.

Lua POV

Ele havia mesmo me beijado! Ah... Seria isto um sonho ? Um belo sonho!
Arthur dirigia em alta velocidade nos levando para casa. Seu semblante era raiva com um misto de interrogação...
Não iria perguntar o que estava acontecendo. Sempre que fazia esta inútil pergunta, acabava levando patadas.
Chegamos em casa, ele mal entrou e saiu.

Arthur POV

A bebida descia queimando em minha garganta... Droga de festa, droga de pais, droga de vida. E acima de tudo, droga de Lua! Eles achavam o que? Que podiam controlar minha vida da forma que quisessem? Hã... Pois eu digo, eu já sou bem grandinho e faço o que quero! O novo visual da Lua tinha me pegado de surpresa, sem dúvida...Mas se o meu pai achava que isso bastava para eu voltar a dançar ao ritmo dele, estava muito enganado! Eu e a Lua continuamos não tendo absolutamente nada a ver um com o outro, e o "casal perfeito" com que os meus pais sonham só existe aí mesmo...Nos sonhos deles!
Bebi mais um pouco, arrepiando-me com o sabor do whisky velho. Que merda de vida é essa onde me sinto atraído pela minha esposa que sei perfeitamente ser 100% sem graça? Atraído ao ponto de perder o controle como um adolescente inexperiente com um só beijo? Mesmo que esse beijo tenha sido o melhor que já provei, mesmo que ele não tenha saído ainda de minha cabeça e eu ainda esteja ardendo de desejo por causa dele horas depois de ter deixado a minha mulher em casa...
Não devia ter beijado a Lua. Mas ver o Plínio agarrando ela me fez perder a cabeça. E as provocações dele...
Que merda! Que raio de mundo é este onde fico com raiva quando algum homem se aproxima dela, a minha mulher de quem não gosto e que não quero? Ou não queria... Levei as mãos á cabeça, que começava a doer. Eu não gosto da Lua, não sinto ciúmes dela e aquele beijo nunca se vai repetir... E isto é uma decisão definitiva, ouviu bem, Arthur Aguiar?
Lua POV

Já era tarde... Arthur ainda não voltara pra casa. Que será que fazia ? Pergunta idiota. Lua... Você já sabe exatamente o que ele deve estar fazendo.
- Eu não quero queijoooooooo. Tirem todos os ratos daqui - Arthur entrava no quarto ligando a luz, com um vaso na mão - Vou matar todos vocês, ratos vagabundos! - aparentemente bêbado, fala enrolado.
- Arthurrrrrrrrrrrrrrrrrr, você bebeu ? - Pulei da cama
- Não, eu me afoguei - falou gesticulando com as mãos. Tive vontade de rir, mas não era hora para isso.
Empurrei-o para a cama, tirando sua roupa.
- Sua danadinha.
- Arthur, fica quieto, preciso te dar um banho frio.
- Não, nããão, não quero banho frio nenhum
- Você nem sabe o que quer. Quieto.
- Não me manda ficar quieto não. - falou fechando os olhos - Eu sei muito bem o que faço, tá ?
- Tá, tá Arthur. - falei arrancando sua calça, dando uma boa olhada em seu corpo
- Tá boa a vista aí ? - Falou enrolado
- Calado Arthur. Vem tomar banho. - Tentei puxá-lo - Vem, Arthur. Por favor. Levanta, vai. - Puxei-o mais uma vez, lhe levando pro chuveiro. Arthur cambaleava, praguejando.
- Arthur fica quieto, por favor?! — consegui por fim abrir o chuveiro.
- Lua ta frio. — ele falou embolado tentando sair dali.
- Jajá eu te tiro daí, calma.
- Vai me dar carinho ? – perguntou ainda de olhos fechados e com sorriso bobo – Eu gosto de carinho...
- Sim, Arthur – respondi puxando novamente o braço dele – Se você levantar daí te dou todo o carinho que você quiser...mas POR FAVOR me ajude. Sozinha não consigo! - Ele mexeu-se na banheira, tentando levantar. Eu tentava ajudar, mas entre a minha roupa molhada que me prendia os movimentos e o desequilibrio do Arthur, a tarefa parecia próxima do impossivel.
- Vamos lá, Arthur... Caminha quente esperando você... – falei puxando novamente o braço dele; entredentes, não resisti a falar comigo mesma – E a minha paciência e força acabando...
Num jogo de movimentos complicado e inexplicável, conseguimos que ele saisse da banheira. Passei o braço dele pelos meus ombros e esforcei-me para aguentar o peso gigantesco dele apoiado em mim.
- Muito bem! Vamos lá... – falei ganhando coragem para tentar a aventura de percorrer o caminho até ao quarto sem matar nenhum de nós.
Empurrei-o na cama, tirando sua boxer molhada. Não consegui evitar dar uma olhada, e senti imediatamente minhas bochechas queimarem quando vi seu membro. Deitei uma olhada rápida á cara dele, esperando que ele não tivesse notado.Sorria abobado olhando o teto.
- Você está me despindo... – virou-se para mim com os olhos semicerrados e expressão séria e profundamente concentrada – Nós só dormimos juntos, Lu...eu não gosto de você. Ou não posso gostar... Porque você é feia.Ou era... - Deixou cair a cabeça novamente para trás na cama e fechou os olhos. Eu tinha paralisado com as palavras dele.
- Ah...não lembro mais! É tudo muito confuso... – murmurou enrolado.
- Não pode ? – murmurei surpresa, aproximando-me novamente dele mesmo sem querer, colocando sua boxer azul – Como assim não pode gostar de mim ? - Ele abriu novamente os olhos, fixando-os em mim com ar estranho.
- Você me enganou. Hoje apareceu bonita! – parecia uma criança fazendo birra. Num gesto inesperado, puxou-me pelo braço, fazendo-me desiquilibrar e cair por cima dele – Não pode voltar a me enganar, Lua! Nem a dançar com outros homens! - Fechou os olhos, como se tivesse adormecido. Eu estava tão confusa e surpreendida que nem conseguia me lembrar de me mover para sair daquela posição. Quando finalmente o fiz, o braço dele apertou-se na minha cintura.
Tentei de novo, e o aperto aumentou novamente.
- Boa, Lua... – murmurei para mim mesma – Você tanto desejou que Arthur agarrasse você que finalmente conseguiu... Pena que ele esteja bebedo demais para ter sequer uma ideia disso!
Arthur apertou-me mais forte, mas agora a sua mão não estava na minha cintura e sim... em minha bunda?! Paralisei novamente por um instante, respirando fundo.
- Ganhei juízo, Lua! – reclamei sozinha – Pare de pensar besteira e arranje uma forma de se soltar para tirar essa roupa molhada.
- Roupa molhada... Gosto disso. – balbuciou Arthur. Olhei para seu rosto surpreendida. Podia jurar que ele estava dormindo este tempo todo
- Arthur...me solta, por favor! – reclamei movendo-me novamente em cima dele – Preciso me despir para poder me trocar! Estou toda molhada!
- Eu ajudo você a se trocar... – as palavras ainda saindo 'moles'. Suas mãos subiram pelas minhas coxas, arrastanto a minha camisa de noite – Você me ajudou, eu te ajudo. Me parece justo... - sorriu sacana
Me debatia entre o desejo que ele acendia em mim e a dura realidade de que ele não sentia absolutamente nada por mim.
As mãos continuavam a subir, e ao chegarem perto dos meus seios eu me assustei. Tentei rolar para o lado, saindo de cima dele.
- Me larga, Arthur! Você não pode fazer isso! – ao tentar fugir acabei rolando, ficando presa embaixo dele. Arthur me olhava com cara boba, fazendo um peso gostoso em cima de mim. Mesmo sem querer, a minha respiração acelerou.
- Mas é claro que posso - mordiscou minha orelha - Sou seu marido, afinal.
Seus lábios caíram sobre os meus, a lingua invadindo a minha boca. Tentei empurrá-lo, mas rapidamente as minhas mãos se limitaram a agarrar os ombros dele, aproveitando o beijo.
- Você é bonita...e eu gosto de mulheres bonitas... – a boca dele novamente na minha, as mãos tentando desajeitadamente tirar minha roupa – Sempre quero mulheres bonitas...
Isso me fez voltar á realidade. Era verdade...Arthur sempre queria mulheres bonitas. TODAS as mulheres bonitas!
Empurrei-o com força.
- Me solta, Arthur! Não sou um brinquedo seu! Não mais! – ele não se mexeu, continuando a mover as mãos pelo meu corpo, a boca procurando a minha. Mexi a cabeça, numa tentativa frustrante de evitar o beijo – Sai de cima de mim!
- Eu quero você, Lu...quero muito você! – prendeu as minhas mãos de cada lado do meu corpo com força, me magoando
– Você me quer também... Eu sei que quer.
Meus pulsos doíam. Ele apoiava quase todo o peso dele neles, e as lágrimas vieram-me aos olhos.
- Você está me machucando, Arthur... – choraminguei – Me solta. Por favor...não faça isso!
- Te quero, Lua...Te quero muito... – Arthur me beijava de forma bruta, ainda agarrando meus pulsos – Esta noite somos só nos dois... - Tentei novamente me soltar, mas ele era muito mais forte e pesado. Mesmo bêbado, eu não tinha como fugir. Lutei um pouco mais, mesmo sabendo que era em vão. Arthur só me soltaria se quisesse...e pelo membro excitado dele que eu sentia contra mim, duvidava que ele fosse recuperar a razão antes de ter o que queria!

Arthur POV

Minha cabeça doía... E muito! Não sentia nem vontade de abrir os olhos... A cama estava tão quientinha... Um cheiro
delicioso... Me lembrava o cheiro dos cabelos de Lua!
Me mexi, sentindo alguém agarrado à meu peito. Abri um dos olhos, espiando o teto, e percebi que estava em casa.
Abaixei o olhar, me deparando com uma cabeleira loira e cacheada esparramada em meu peito. Eu estava sem roupa. Mas, calma aí... A ùnica mulher loira, de cabelos cacheados daqui era Lua! Mas... O que ela fazia Nua ? NUA ? Desci o olhar e a mão por suas costas nuas, até chegar à sua bunda. E que bunda, hein! Santo Deus... Calma. Era a Lua...Lua!
Colada a mim, completamente nua... Parei um pouco, me esforçando para lembrar. Será que eu e ela...? Não! Não podia!

Lua POV


~ Flash Back ON ~


– Esta noite somos só nos dois... - Tentei novamente me soltar, mas ele era muito mais forte e pesado. Mesmo Arthur
estando bêbado, eu não tinha como fugir. Lutei um pouco mais, mesmo sabendo que era em vão. Arthur só me soltaria se
quisesse...e pela sua exitação que eu sentia contra mim, duvidava que ele fosse recuperar a razão antes de ter o que
queria!
Definitivamente, não podia, nem tinha como correr. Estava nos braços de Arthur Aguiar - finalmente! - E mesmo
que ele esteja completamente bêbado, não posso perder essa chance.
Arthur já havia rasgado minha blusa totalmente molhada, e agora descia beijos por meu pescoço, até chegar ao seios, rasgando também o sutiã. Alternava os movimentos, chupando, mordiscando, me fazendo gemer alto. Mordi seu ombro de excitação. Arranhando suas costas

As imagens da noite passada ainda não haviam saído de minha cabeça... O melhor foi saber que, em momento algum, Arthur não havia me rejeitado... Sua pele em contanto com a minha, seus braços musculosos rodiando minha cintura... Seu cheiro, sua boca... E era tudo tão novo pra mim! - Abracei o travesseiro
Seu cheiro... Ah, seu cheiro! Me inebriou a noite toda... Era horrível pensar que qualquer outra mulher pudesse
desfrutar de Arthur.
Mas, não pensaria nisto agora! A noite havia sido tão boa... Ok, está certo que sempre imaginei estar em seus
braços, mas, tiranto o fato de ele não estar completamente sóbrio, foi muito melhor do que qualquer fantasia minha!
Passei a mão pela cama, suspirando e recordando novamente o corpo de Arthur deitado ao meu lado... Será que ele
havia se arrependido do que fez na noite passada ? Provavelmente sim... Estava bêbado e não sabia o que fazia.E eu ?
Não, não me arrependo... Só me envergonho.

Não poderia me dar ao 'luxo' de ter passado a noite com Arthur... Eu sabia que ele estava bêbado! Deveria ter
um pouco mais de respeito comigo mesma... Mas, quantas vezes isso poderia acontecer ? Nenhuma, creio eu... Arthur
mal olha pra mim, e se olha, é para brigar ou me humilhar... Ah, que se dane! Lhe tive pelo menos uma vez, e soube
como é bom estar em seus braços! O resto é resto...
Me tirando de meus pensamentos, Arthur adentrou o quarto... Estava só de toalha, deixando seu peitoral à mostra...
Mas que tentação!
- Já acordou ? - Me olhou meio assustado
- Já... - Lhe olhei sem entender nada

 Você está... bem ? - Hesitou em perguntar. Mas por que diabos estaria mal depois de uma noite maravilhosa com ele ?
Você é mesmo muito burra! Ele certamente deve ter se lembrado do que aconteceu, e estranhado seu comportamento... Que estaria pensando de você agora ?
- Estou - abaixei a cabeça
- Não está... machucada ? - Mais uma vez hesitou em perguntar. Arregalou os olhos, ainda olhando em minha direção. Não entendia o porque daquilo, até perceber que o lençol havia caído pouco antes de Arthur entrar no quarto... Droga!
- Não, não estou - Falei levantando o lençol.Já estava ficando nervosa com a situação.


Continua..





3 comentários:

  1. Mais o Arthur adora maltratar a Lua,não é mesmo? Adorei a mudança dela,espero que o Arthur mude também e que a ame,e que bom que dormiram juntos u.u Espero que isso ajude mais na relação dos dois,e posta maais :)

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  2. To começando a amar essa web!! Adorei a mudança da lua <333

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  3. Aaaaaaaaah já pensou se ela fica grávida o.O

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