Eu ainda estava meio dopada pelo analgésico no dia seguinte. Podia ouvir vozes lá embaixo, uma delas era a de Isabella e outra a de minha mãe. Muito baixo eu escutava Arthur murmurar para que Bella ficasse quieta. Espreguicei-me e puxei o celular em cima da cabeceira. Marcava quatro horas da tarde! Eu havia praticamente desmaiado!
Sentei-me ajeitando os cabelos e procurei por um par de chinelos dentro das caixas que eu ainda não havia desfeito ao me mudar para a casa de Arthur. Entrei no banheiro e lavei o rosto sem prestar muita atenção nos murmúrios lá embaixo até que um choro fino chamou minha atenção.
Desci as escadas devagar com o coração pulando dentro do peito. Eu estava ficando louca...
— Ah olha só quem acordou! — minha mãe disse ao me ver entrar na sala.
— Q-quem está chorando? — gaguejei.
— Filha... Vá até a cozinha. — eu gelei com o olhar de minha mãe. Gelei com som do chorinho fino que vinha da cozinha. — Anda Lua, vá até a cozinha! — ela repetiu sorrindo ao ver que eu não havia me mexido nem um centímetro a mais.
Caminhei muito devagar até lá e senti as lágrimas vindo a tona quando vi Sofia sentada sob um cadeirão enquanto Isabella a lambuzava com a papinha. Arthur abriu um largo sorriso ao me ver e eu sorri de volta rapidamente para voltar os olhos a minha pequena garotinha sentada ali, tão pertinho de mim. Queria correr até lá e esmagar aquelas bochechas, mas eu simplesmente não conseguia me mexer...
Continua...
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